AVALIAÇÃO: 19 em 20
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Blog com críticas sobre cinema, música, videojogos, literatura, séries, concertos e talk-shows por Filipe Barbosa.
A terceira temporada de uma das minhas séries favoritas, The Tudors, enquadra-se no período histórico em que o povo britâncio começa uma revolta desenfreada contra o poder. Os plebeus não culpam o rei Henrique VIII, fantasticamente interpretado por Jonathan Rhys Meyers (Elvis, De Paris Com Amor), mas sim o Lorde do Selo Privado, Thomas Cromwell, igualmente digno de grande interpretação por parte de James Frain (FlashFoward, Everybody´s Fine, Sangue Fresco). Depois de reformas religiosas, a criação da Liga Protestante na Europa Central e da completa excomungação do rei de Inglaterra, o sangue começa a ser derramado. Alguns dos rebeldes são dignos de interpretações suberbas: Gerard McSorley (Robin Hood, Braveheart) como Robert Aske e Kevin Doyle (O Libertino) como John Costable. A defender a rebelião está o Cardeal Vod Waldburg do ancião e suberbo Max Von Sidow (O Sérimo Selo, O Exorcista, Robin Hood). A história segue também o terceiro casamento de Henrique VIII, agora com Jane Seymor, bem interpretada pela actriz substituta Annabelle Wallis (Body of Lies). A rainha morre de parto quando dá á luz o filho que Henrique tanto queria, Edward. Rapidamente o rei precisa de voltar a casar e é aconselhado a ficar com Anne de Cléves, uma princesa alemã luterana. Para mim ganhou uma das piores interpretações da série, por parte da famosa cantora Joss Stone (Eragon). Brevemente, o rei irá recorrer ao mesmo método que antes e decide fazer uma cospiração para arranjar forma de tornar o seu casamento inválido. Quem surge agora como a provável quinta mulher de Henrique VIII é Catherine Howard, interpretada pela bela e talentosa Tamzin Merchant (Pride and Prejudice). A fotografia continua a ser boa, assim como a banda sonora e o guião. Overall, é uma terceira temporada bem modesta mas que, não deixa de ser generosa no que toca a proporcionar momentos de interesse por parte do espectador.
A Rainha no Palácio das Correntes de Ar é o terceiro e último volume da série policial Millenium, do já falecido jornalista sueco Stieg Larsson. A história segue a parte final do segundo volume, quando Lisbeth Salander, a hacker com a tatuagem de dragão nas costas, é encontrada lesionada após ter tentado o assassínio de Alexander Zalachenko, um dos grandes trânsfugas russos responsável pela corrupção dentro do principal corpo policial sueco, a Säpo. Este último volume relata-nos a estadia de Lisbeth no hospital, enquanto recupera para ser levada a tribunal devido aos crimes de que foi acusada em A Rapariga Que Sonhava com Uma Lata de Gasolina e Um Fósforo. Mikael Blomkvist, o eterno protagonista da série e os inspectores Jan Bublanski, Sonja Modig e o líder da empresa Milton Security, Dragan Armanskij, montam um plano para denunciar Alexander Zalachenko e ilibar Lisbeth Salander. Mas no meio de tanta tentativa de fazer justiça, eis que se descobre que um grupo específico dentro da Säpo, chamado A Secção, conspira contra Blomkvist e os seus associados. É sem dúvida mais um bom livro por parte do fantástico escritor sueco, mas que deixa algo a desejar. Por exemplo, quem leu os finais de Os Homens Que Odeiam as Mulheres e A Rapariga Que Sonhava com Uma Lata de Gasolina e Um Fósforo, vai ficar, sem dúvida, desiludido com a fraca conclusão, do meu ponto de vista, da série. Overall, é um livro típico de Stieg Larsson, mas deixa algo a desejar. É o pior da trilogia Millenium.
Com uma variedade de escolha pobre, a meu ver, para cinema em Setembro, escolhi aquele que me pareceu ser o filme mais aceitável para ver este mês. O Aprendiz de Feiticeiro é uma longa-metragem que fica no limiar entre o cliché e a originalidade. A história é, sem dúvida, infantil no que toca ao ponto de vista cinematográfico, mas o objectivo deste filme não é ser uma obra da sétima arte, mas apenas uma diversão. No século VIII D.C. , Merlin de James A. Stephans (Sherlock Holmes) , o famoso feiticeiro que toda a gente conhece, tinha três aprendizes: Baltazhar Blake, interpretado por Nicolas Cage (Sinais do Futuro, Ghost Rider), Veronica de Monica Bellucci (Shoot ´Em Up, Matrix) e Maxim Horvath, fantasticamente interpretado pelo grande Alfred Molina (O Código DaVinci, Homem-Aranha 2, Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo). Infelizmente, Horvath trai o seu mestre, aliando-se á já clássica vilã Morgana Le Fey, interpretada por Alice Krige (Silent Hill), querendo destruir o mundo. Isto é o cliché. A originalidade aparece no filme, quando vemos as famosas águias de metal do Empire State Building a voar e coisas do género. Depois de Baltazhar ter sido o único a sobreviver á traição de Horvath, aprisiona a alma de Morgana dentro de um género de matrioshka e tal como as bonecas russas, quanto maior o número de seguidores da Morgana forem aprisionados dentro de tal objecto, maior o número de bonecas dentro de bonecas. Depois temos o clássico e cliché romance entre um jovem estudante universitário, Dave, ridiculamente interpretado por Jay Baruchel (Como Treinares o Teu Dragão 3D, She´s Out Of My League, Tempestade Tropical) e a sempre bonita loira rapariga, desta vez interpreda por outra actriz fraca, Teresa Palmer (A Maldição 2). Sendo Dave o verdadeiro herdeiro de Merlin e tendo os ensinamentos de Baltazhar ao seu lado, tentará salvar o mundo dos maléficos Horvath e Drake Stone do fantástico Tobby Kebbell (Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo, Chéri, RocknRolla, Control). Pura história infantil. Apesar disso, como já referi, existem várias coisas positivas no filme, como alguns momentos de verdadeiro humor e isso é graças ao guião, que apresenta momentos hilariantes. As actuações são maioritariamente fracas, retirando mesmo aqueles que estiveram suberbos: Nicolas Cage, Alfred Molina e Tobby Kebbell. A banda sonora é muito boa, assim como os efeitos especiais. A fotografia é boa. Overall, é um filme divertido para quem não tem mais nada do que fazer se não ir ao cinema, mas não é um filme para ir ver de propóstio ao cinema.