quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Concertos-Supertramp: Pavilhão Rosa Mota (14/09/2010)

Sendo uma das melhores bandas de Art Rock do mundo, ou se não mesmo a melhor, os Supertramp entraram no pequeno palco que lhes estava reservado no Pavilhão Rosa Mota, no Palácio de Cristal, no Porto. Um dos meus grupos predilectos que completa mais de quarenta anos de carreira não trouxe o mítico Roger Hodgson (ex-vocalista, guitarrista, teclista, baixista, violoncelista, flautista e compositor), mas apesar dessa terrível falha, não deixou de dar um excelente concerto. Com um John Helliwell (saxofonista e clarinete) muito virado para a interacção com o público, os Supertramp começaram a aquecer ás 21:15. Ao final da quarta música, John descolou a boca do saxofone para se dirigir aos milhares de pessoas que se encontravam no campo de basquetebol: "The food here in Portugal is great. But not so good as, of course, a breakfast in America". Seu dito, seu feito. Um dos maiores êxitos da banda de Art Rock ecoou pelas paredes do Pavilhão Rosa Mota. Os grandes êxitos regressaram com outra intervenção do fantástico homem do clarinete: "Do you know you are being recorded, tonight? Yeahhh... And I´ll make shure that the footage goes to this thing (mostra uma pen). This one is mine. If you want one for yourselves you just have to give a little bit". Seguiram-se It´s Raining Again e a minha música favorita dos Supertramp, The Logical Song, serviu para terminar o concerto. O concerto, mas não a actuação. Passavam vídeos no fundo, com personagens estranhas e locais ainda menos ortodoxos. No entanto, a mistura de cores criou uma perfeita actuação teatral que se juntou ainda a um dos membros dos vocais de apoio que se encontrava sentado a um canto do palco, numa marquesa, com um guarda-sol e a ler o Financial Times. O público da plateia em pé e os dos bancos laterais, começaram a bater com os pés. Depois de um comentário hilariante de um senhor ("Vê lá que isso cai!") e de um tremor de terra humano, os nossos amigos de Inglaterra voltaram a subir ao palco para tocar o clássico Dreamer. O final foi fantástico: o vídeo que passava agora na parte de trás mostrava um rádio antigo a ser ligado e a começar uma música que parecia vir da banda sonora de um filme da Walt Disney. Foram duas horas de puro divertimento e emoção. Com vinte e quatro músicas tocadas com agilidade e destreza, todos os músicos estão de parabéns. Só é mesmo pena o velhote de cabelos compridos do Hodgson ter ficado para trás... Para verem mais fotografias deste concerto, visitem o meu Hi5 em http://nobrainnopain.hi5.com e mais vídeos, no meu canal pessoal do Youtube, em http://www.youtube.com/user/MrBarbosa104 .
AVALIAÇÃO: 19 em 20
-Vídeo do concerto:

domingo, 12 de setembro de 2010

Séries-The Tudors: 3ªTemporada (2009)

A terceira temporada de uma das minhas séries favoritas, The Tudors, enquadra-se no período histórico em que o povo britâncio começa uma revolta desenfreada contra o poder. Os plebeus não culpam o rei Henrique VIII, fantasticamente interpretado por Jonathan Rhys Meyers (Elvis, De Paris Com Amor), mas sim o Lorde do Selo Privado, Thomas Cromwell, igualmente digno de grande interpretação por parte de James Frain (FlashFoward, Everybody´s Fine, Sangue Fresco). Depois de reformas religiosas, a criação da Liga Protestante na Europa Central e da completa excomungação do rei de Inglaterra, o sangue começa a ser derramado. Alguns dos rebeldes são dignos de interpretações suberbas: Gerard McSorley (Robin Hood, Braveheart) como Robert Aske e Kevin Doyle (O Libertino) como John Costable. A defender a rebelião está o Cardeal Vod Waldburg do ancião e suberbo Max Von Sidow (O Sérimo Selo, O Exorcista, Robin Hood). A história segue também o terceiro casamento de Henrique VIII, agora com Jane Seymor, bem interpretada pela actriz substituta Annabelle Wallis (Body of Lies). A rainha morre de parto quando dá á luz o filho que Henrique tanto queria, Edward. Rapidamente o rei precisa de voltar a casar e é aconselhado a ficar com Anne de Cléves, uma princesa alemã luterana. Para mim ganhou uma das piores interpretações da série, por parte da famosa cantora Joss Stone (Eragon). Brevemente, o rei irá recorrer ao mesmo método que antes e decide fazer uma cospiração para arranjar forma de tornar o seu casamento inválido. Quem surge agora como a provável quinta mulher de Henrique VIII é Catherine Howard, interpretada pela bela e talentosa Tamzin Merchant (Pride and Prejudice). A fotografia continua a ser boa, assim como a banda sonora e o guião. Overall, é uma terceira temporada bem modesta mas que, não deixa de ser generosa no que toca a proporcionar momentos de interesse por parte do espectador.
AVALIAÇÃO: 17 em 20
-Trailer da série:


Literatura-Millenium 3: A Rainha no Palácio das Correntes de Ar (2007)

A Rainha no Palácio das Correntes de Ar é o terceiro e último volume da série policial Millenium, do já falecido jornalista sueco Stieg Larsson. A história segue a parte final do segundo volume, quando Lisbeth Salander, a hacker com a tatuagem de dragão nas costas, é encontrada lesionada após ter tentado o assassínio de Alexander Zalachenko, um dos grandes trânsfugas russos responsável pela corrupção dentro do principal corpo policial sueco, a Säpo. Este último volume relata-nos a estadia de Lisbeth no hospital, enquanto recupera para ser levada a tribunal devido aos crimes de que foi acusada em A Rapariga Que Sonhava com Uma Lata de Gasolina e Um Fósforo. Mikael Blomkvist, o eterno protagonista da série e os inspectores Jan Bublanski, Sonja Modig e o líder da empresa Milton Security, Dragan Armanskij, montam um plano para denunciar Alexander Zalachenko e ilibar Lisbeth Salander. Mas no meio de tanta tentativa de fazer justiça, eis que se descobre que um grupo específico dentro da Säpo, chamado A Secção, conspira contra Blomkvist e os seus associados. É sem dúvida mais um bom livro por parte do fantástico escritor sueco, mas que deixa algo a desejar. Por exemplo, quem leu os finais de Os Homens Que Odeiam as Mulheres e A Rapariga Que Sonhava com Uma Lata de Gasolina e Um Fósforo, vai ficar, sem dúvida, desiludido com a fraca conclusão, do meu ponto de vista, da série. Overall, é um livro típico de Stieg Larsson, mas deixa algo a desejar. É o pior da trilogia Millenium.
AVALIAÇÃO: 17 em 20

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Cinema-O Aprendiz de Feiticeiro (2010)

Com uma variedade de escolha pobre, a meu ver, para cinema em Setembro, escolhi aquele que me pareceu ser o filme mais aceitável para ver este mês. O Aprendiz de Feiticeiro é uma longa-metragem que fica no limiar entre o cliché e a originalidade. A história é, sem dúvida, infantil no que toca ao ponto de vista cinematográfico, mas o objectivo deste filme não é ser uma obra da sétima arte, mas apenas uma diversão. No século VIII D.C. , Merlin de James A. Stephans (Sherlock Holmes) , o famoso feiticeiro que toda a gente conhece, tinha três aprendizes: Baltazhar Blake, interpretado por Nicolas Cage (Sinais do Futuro, Ghost Rider), Veronica de Monica Bellucci (Shoot ´Em Up, Matrix) e Maxim Horvath, fantasticamente interpretado pelo grande Alfred Molina (O Código DaVinci, Homem-Aranha 2, Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo). Infelizmente, Horvath trai o seu mestre, aliando-se á já clássica vilã Morgana Le Fey, interpretada por Alice Krige (Silent Hill), querendo destruir o mundo. Isto é o cliché. A originalidade aparece no filme, quando vemos as famosas águias de metal do Empire State Building a voar e coisas do género. Depois de Baltazhar ter sido o único a sobreviver á traição de Horvath, aprisiona a alma de Morgana dentro de um género de matrioshka e tal como as bonecas russas, quanto maior o número de seguidores da Morgana forem aprisionados dentro de tal objecto, maior o número de bonecas dentro de bonecas. Depois temos o clássico e cliché romance entre um jovem estudante universitário, Dave, ridiculamente interpretado por Jay Baruchel (Como Treinares o Teu Dragão 3D, She´s Out Of My League, Tempestade Tropical) e a sempre bonita loira rapariga, desta vez interpreda por outra actriz fraca, Teresa Palmer (A Maldição 2). Sendo Dave o verdadeiro herdeiro de Merlin e tendo os ensinamentos de Baltazhar ao seu lado, tentará salvar o mundo dos maléficos Horvath e Drake Stone do fantástico Tobby Kebbell (Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo, Chéri, RocknRolla, Control). Pura história infantil. Apesar disso, como já referi, existem várias coisas positivas no filme, como alguns momentos de verdadeiro humor e isso é graças ao guião, que apresenta momentos hilariantes. As actuações são maioritariamente fracas, retirando mesmo aqueles que estiveram suberbos: Nicolas Cage, Alfred Molina e Tobby Kebbell. A banda sonora é muito boa, assim como os efeitos especiais. A fotografia é boa. Overall, é um filme divertido para quem não tem mais nada do que fazer se não ir ao cinema, mas não é um filme para ir ver de propóstio ao cinema.
AVALIAÇÃO: 17 em 20
-Trailer do filme: