quinta-feira, 29 de julho de 2010

Séries-Happy Town (2010)

"Não deixes que o nome te engane" é a frase que nos apresenta a melhor série que já alguma vez vi: Happy Town. A história é simplesmente fantástica. A complexidade da mesma faz a sua quase perfeição. Numa pequena cidade chamada Haplin, a que os seus habitantes gostam de chamar Happy Town, existem estranhos desaparecimentos de pessoas. É sabido que essas pessoas desapareceram no meio de multidões durante os últimos anos, mas não há justificação para tal. Parece magia. E por isso mesmo os habitantes de Haplin falam do Magic Man quando se referem ao possível sequestrador a cuja identidade ninguém tem acesso. Numa desesperada tentativa de recuperar os seus familiares, os habitantes da cidade feliz cooperam com a polícia local. Em todos os episódios há qualquer indício que nos faz suspeitar que aquela ou outra personagem é o Magic Man, mas nenhum deles é. O final da série fala por si: é simplesmente surpreendente. Mas isto, claro, não retira as surpresas intermediárias que se vão descobrindo em cada episódio. Há um twist em cada capítulo desta fantástica série. As personagens são estranhas: desde famílias do estilo country, ricaços, raparigas que metem o nariz onde não devem, detectives corruptos e coleccionadores de objectos de cinema. Só há uma maneira de isto ser melhor explicado: é vendo mesmo Happy Town. Infelizmente, a série não irá regressar à televisão uma vez que foi cancelada nos Estados Unidos da América devido á falta de audiência. Parece que os americanos já estão habituados como nós a ver telenovelas, meninas grávidas e fofoquices e esqueceram-se da boa história policial. Enfim... O elenco de Happy Town é igualmente suberbo de onde destaco as interpretações de Lauren German (Hostel: Parte II, Massacre no Texas) como Henley, Amy Acker (Sobrenatural, Lei e Ordem, Alias) como Rachel Conroy, Robert Wisdom (The Collector, Foi Assim Que Aconteceu, Prison Break, Sobrenatural) como Roger Hobbs, Jay Paulson (CSI) como Eli "Root Beer" Rogers, Steven Weber (Sem Rasto, Lei e Ordem, Hamburger Hill) como John Haplin, Sam Neill (O Piano, Parque Jurássico, The Tudors, Daybreakers) como Merritt Grieves, M.C. Gainey (Porcos e Selvagens, Perdidos, Ossos) como Sheriff Griffin Conroy, Peter Outerbridge (Saw VI, Fringe) como Handsome Dan Farmer e ainda um actor que eu adoro apesar de ter entrado pouco tempo, Greg Bryk (Saw V, Morte no Deserto). A fotografia é boa e a banda sonora é simplesmente fantástica. Overall, é sem dúvida a melhor série que já vi e aconselho a toda a gente.
AVALIAÇÃO: 18 em 20
-Trailer da série:

terça-feira, 27 de julho de 2010

Cinema-Shrek Para Sempre (2010)

E assim termina a melhor saga de animação em 3D de sempre com o mesmo rótulo que lhe dá nome ao gênero. Pois é, foi fantástico poder colocar os óculos Real D e ver a última aventura de Shrek, com a voz de Mike Myers (Austin Powers, Sacanas sem Lei) num mundo alternativo áquele que estavamos habituados a ver. O ogre está cheio da sua vida monótona com Fiona, de Cameron Diaz (Os Anjos de Charlie, Dia e Noite), Burro, de Eddie Murphy (A Casa Assombrada, Pequeno Grande Dave, Norbit), dos seus filhos e do Gato das Botas, de Antonio Banderas (Era Uma Vez No México, Zorro). De forma a voltar ao passado e viver apenas um dia da sua vida antes de salvar Fiona da torre do dragão, Shrek assina um contrato com o personagem do universo dos irmãos Grim, o duende alemão Rumpelstiltskin, a quem Walt Dohrn empresta a voz. Shrek acaba por descobrir que o mundo não é assim tão bom sem as coisas que mais gostava. O Burro não o conhece, Fiona também não, assim como O Gato das Botas. É uma lição que todos devemos aprender: dar valor ao que temos. Não só pelo lado didático do filme me apaixonei pelo último capítulo da saga mas também pelos já típicos textos cómicos. Lembro-me que a plateia do cinema não se parava de rir na parte do aniversário dos filhos do ogre em que um rapaz se vira para ele e diz, repetidamente numa voz interessante: "Faz o graw!". A qualidade de imagem é soberba, assim como a banda sonora. Overall, é dos melhores títulos na saga e aconselho a qualquer um que seja fã de Shrek e que queira assitir a um capítulo final fantástico. Shrek fecha com chave de ouro.
AVALIAÇÃO: 18 em 20
-Trailer do filme:

Cinema-Shrek, o Terceiro (2007)

Aquele que poderia ter sido o final de uma fantástica trilogia não desiludiu. Aliás, a meu ver, foi melhor que o seu antecessor, Shrek 2. Shrek de Mike Myers (Austin Powers, Sacanas sem Lei) parte agora em viagem para ir buscar Artúr de Justin Timberlake (O Guru do Amor), o pressuposto verdadeiro herdeiro do trono de Bué Bué Longe. As aventuras do ogre estão de volta em grande plano com a ajuda do Burro, de Eddie Murphy (Pequeno Grande Dave, Norbit, A Casa Assombrada) e do Gato das Botas, de Antonio Banderas (Zorro, Era Uma Vez No México), Enquanto o ogre está ausente, o seu reino corre perigo com a tentativa de tomada de posse do derrotado Princípe Encantado de Ruppert Everett (Stardust, Inspector Gadget, Boston Legal). Os textos cómicos de humor negro estão de volta assim como os momentos de mistura de personagens do mundo fictício dos irmãos Grim. Rapunzel, Branca de Neve, a Rainha e Cinderela se juntam encarnando um estilo de Anjos de Charlie para combater o Princípe Encantado. Uma longa metragem de animação fantástica, com banda sonora adorável e qualidade de imagem soberba. Overall, um excelente filme que aconselho a qualquer apreciador de humor e também de filmes de animação.
AVALIAÇÃO: 18 em 20
-Trailer do filme:



Cinema-Shrek 2 (2004)

A sequela do original de 2001, partilha da mesma fantasia porém apresenta algumas falhas. Shrek 2 começa onde Shrek terminou, com Fiona de Cameron Diaz (Dia e Noite, Os Anjos de Charlie) e o protagonista de Mike Myers (Austin Powers, Sacanas sem Lei) juntos. Mas está na altura do casal ir ter com os pais de Fiona ao reino de Bué Bué Longe. O Burro de Eddie Murphy (Pequeno Grande Dave, Norbit, A Casa Assombrada) aparece novamente como uma visita não convidada e segue na viagem. O rei Harold, com a voz de John Cleese dos Monty Python, não aceita bem a chegada do ogre à sua casa e arranja forma de o aniquilar. Para isso fala com um caçador de prémios que acaba por se revelar como sendo O Gato das Botas, a minha personagem favorita da saga, com a voz do fantástico Antonio Banderas (Zorro, Era Uma Vez No México). Esta personagem do universo dos irmãos Grim acaba por se juntar também a Shrek e Burro. Entretanto dois sujeitos inesperados, o Princípe Encantado, com a voz de Rupert Everett (Stardust, Inspector Gadget, Boston Legal) e a sua mãe, A Fada Madrinha de Jennifer Saunders (Coraline, Friends) aparecem para tentar recuperar o reino de Bué Bué Longe para si uma vez que o princípe era o destinado amante de Fiona. Shrek procura assim encontrar maneira de se transformar em humano de forma a conquistar o coração dos pais de Fiona. É de referir também que a Rainha é interpretada pela anciã Julie Andrews (Música no Coração). O pior de Shrek 2 é que a história acaba por chegar ao exagero e abandona um pouco a simplicidade e os textos cómicos do original. A qualidade de animação continua a ser fantástica e a banda sonora continua boa. Overall, é um filme que aconselho apenas áqueles que querem saber o que aconteceu depois do original e não como um "stand alone".
AVALIAÇÃO: 17 em 20
-Trailer do filme:


segunda-feira, 26 de julho de 2010

Cinema-Shrek (2001)

Shrek é talvez, a meu ver, o melhor filme de animação em 3D alguma vez feito. Não pela sua qualidade quanto à perfeição dos desenhos mas tendo em conta a mistura de um universo infantil com humor negro. Diálogos fantásticos do filme ficam na cabeça de quem o vê. A história fala-nos de um ogre chamado Shrek, com a voz do fantástico Mike Myers (Austin Powers, Sacanas sem Lei) que vive num pântano e é temido pelo povo da Idade Média. O filme é assim mesmo situado nessa era, focando-se na mitologia daquele tempo e também na mistura de personagens dos contos de fadas dos irmãos Grim. Este misto de fantasia é que torna a longa-metragem tão criativa e original, dando um toque de humor negro a personagens infantis como o Lobo Mau, o Pinóquio, os Três Porquinhos, etc. Ora, numa feira de recolha de impostos para o rei existe um burro que fala e que consegue escapar e encontra-se com Shrek, não o deixando mais em paz. Esta personagem corresponde apenas pelo seu próprio nome, Burro e tem a voz fantástica de Eddie Murphy (O Pequeno Grande Dave, Norbit, A Casa Assombrada). Depois de se tornarem amigos os dois apercebem-se que o pântano de Shrek foi invadido por outras criaturas dos contos de fadas e estas justificam-se como tendo sido erradicadas do mundo exterior pelo tirano Farquaad, interpretado por John Lithgow (Dexter, Dreamgirls), um princípe mimado. Para chegar a rei, Farquaad tinha que se casar com uma princesa e escolhe então Fiona, a quem Cameron Diaz (Dia e Noite, Os Anjos de Charlie) empresta a voz, cuja a história é típica: uma bela dama que se encontra presa numa torre protegida por um dragão e só poderá ser libertada com o beijo do verdadeiro amor. Ora Shrek parte com o Burro, com o objectivo de recuperar o seu pântano, e completa a missão de resgatar Fiona e entregá-la a Farquaad. O pior é que o ogre se acaba por apaixonar pela princesa que afinal também revela ser ela própria uma ogre e a sua transformação ocorre durante o pôr do sol. Uma história fantástica com um dos melhores guiões que já ouvi do qual recordo os seguintes diálogos:
"Fiona: -O teu burro fala?
Shrek: -Sim, fazê-lo calar é que é díficil";
"Fiona: -Era suposto eu ser salva por um cavaleiro montada num corsel branco. Muitos o tentaram fazer.
Shrek: -Pois, pois mas morreram todos carbonizados".
A banda sonora é fantástica assim como o excepcional trabalho em 3D, para altura em que o filme foi feito, em 2001. Overall, um filme que aconselho aos mais pequenos e aos mais crescidos.
AVALIAÇÃO: 18 em 20
-Trailer do filme:


sexta-feira, 23 de julho de 2010

Séries-The Tudors: 2ªTemporada (2008)

A segunda temporada desta fantástica série épica leva-nos na viagem do segundo casamento do rei Henrique VIII de Inglaterra e o anúncio do terceiro. Ana Bolena é a vítima da paixão obcessiva e louca de Henrique e no meio de intrigas na corte inglesa, traições contra os ex-aliados franceses e alianças irónicas com o sacro império romano, The Tudors safa-se novamente no que toca aos pormenores históricos. A rigorosidade já tinha sido provada na primeira temporada, mas esta segunda leva-nos mais a conhecer o que realmente se passava naquela época. Conclusão: ninguém era verdadeiramente amigo de ninguém. No final da primeira série foi possível começar a ver o relacionamento amoroso entre Henrique VIII e Ana Bolena mas esta segunda mostra-nos o desenvolvimento desse romance e o culminar do mesmo. Jane Seymour é a nova mulher que se encontra na mira do rei mais poderoso do mundo e numa terceira temporada isso será mais que óbvio. O homem que tomou seis mulheres é interpretado pelo fantástico Jonathan Rhys Meyers (Alexandre, De Paris Com Amor, Missão Impossível III, Elvis). As outras actuações que destaco são as de Natalie Dormer (Casanova, Flawless) como Ana Bolena, Nick Dunning (Alexandre, In America) como Thomas Bolena, Henry Cavill (Stardust, Hellraiser: Hellworld) como Charles Brandon, Anthony Brophy (Frankie, Dust) como Embaixador Bishop Chapuys, James Frain (Sangue Fresco, CSI, Anatomia de Grey) como Thomas Cromwell, Jamie Thomas King (CSI, Mad Men) como Thomas Wyatt, Jeremy Northam (Miami Medical, The Payback) como Sir Thomas More, David Alpay (Miami Medical, O Home do Ano) como Mark Smeaton e, a meu ver, a melhor interpretação desta segunda série: o grande senhor Peter O´Toole (Laurêncio da Arábia, Stardust, Tróia) como Papa Paulo III. A fotografia e banda sonora são muito boas, assim como os diálogos bem adequados à época escritos pelo fantástico Michael Hirst (Elizabeth: A Idade do Ouro, Meeting Venus). Overall, é uma excelente segunda temporada que aconselho aos fãs da série e aos que gostam de História na época medieval.
AVALIAÇÃO: 18 em 20
-Trailer da série:


sexta-feira, 16 de julho de 2010

Talk-Shows-Lado B: 1ªSérie (2010)

Bruno Nogueira é uma das melhores coisas que aconteceu ao humor nonsense em Portugal, nestes últimos tempos. Ele é o grande apresentador de um grande programa: Lado B. Já há algum tempo que um talk-show não se mantinha no ar durante um longo período. Tivemos Sexta á Noite, com José Carlos Malato e Quarto Crescente, do Júlio Isidro, que não se aguentaram tanto tempo. Lado B junta-se a Herman 2010 e a 5 Para a Meia-Noite no que toca á resistência dos programas de conversa em Portugal. No caso particular do programa de Bruno Nogueira, o alinhamento é bem interessante com uma abertura do estilo stand-up executada pelo mestre do nonsense, seguida de uma reportagem ao estilo mistura de vox-pop com apanhados e seguem-se as conversas de humor acutilante com os vários convidados. O Lado B tentou manter-se sempre no lado mais radical e jovem dos talk-shows e como tal, Bruno Nogueira convidou algumas personalidades dessa mesma praia. Ultimamente, o humor do programa viria-se a degradar, lentamente. Apesar disso, Bruno Nogueira e a sua equipa estão de parabéns por terem criado este talk-show de cenário fantástico, com uma banda da casa interessante, os Skadillac, e também com um espaço aberto para personagens curiosas que não são muito conhecidas mas que existem e também com abertura para a boa produção de música nacional. Overall, um programa muito bom que espero voltar a ver em breve.
AVALIAÇÃO: 17 em 20

-Excerto de um programa:




quinta-feira, 15 de julho de 2010

Séries-Custo de Vida: 1ªTemporada (2007)

Custo de Vida, estupidamente traduzido do título hilariante How Not To Live Your Life, é simplesmente uma das mais brilhantes séries birtânicas ultimamente produzidas, ao lado de Shameless. Em formato de comédia de humor negro e acutilante o jovem génio Dan Clark (A Minha Família, The Estate Agents) escreve os melhores guiões que pode haver para o género, para além de protagonizar Don Danbury, um desempregado preguiçoso que herdou a mansão da sua avó após a sua morte e na qual vive com o geriatra Eddie Singh, fabulosamente interpretado por David Armand (Hora de Ponta, Elizabeth: A Idade do Ouro). Aquando da sua estadia em tal casa, coloca um anúncio para alugar quartos com o intuíto de arranjar dinheiro suficiente para pagar a renda. Eis que a pessoa que acede ao anúncio é uma rapariga por quem Don tinha uma paixão desde os tempos de escola, Abby Jones cuja interpretação por parte de Sinead Moynihan (Drop Dead Gorgeous) não é das melhores. Não sabe Don que Abby tem já um namorado, Karl Menford, muito bem interpretado por Finlay Robertson (Talk To Me, Doctor Who). A série retrata a vida entre o casal e o dono da casa e as suas desventuras que são excessivamente cómicas. Para além disso, a série é ilustrada com demonstrações do tipo: "5 coisas que não se devem fazer em determinada situação" e essas cinco possibilidades são exibidas de seguida. A fotografia é boa tal como a banda sonora. Overall, é uma série que aconselho a qualquer um que goste de uma boa dose de humor negro, misturada com o drama da vida real.
AVALIAÇÃO: 17 em 20

-Excerto de um episódio da série:




domingo, 11 de julho de 2010

Música-Maria Clementina: Maria Clementina (2010)

Os Maria Clementina são um projecto de música português cuja formação é completamente desconhecida. Talvez por isso e pela banda ser representada por quatro desenhos a preto e branco, que representam os artistas, me tenha interessado por ouvir este primeiro EP do grupo. Devo confessar que uma voz, ao que me pareceu, reconheci: Tiago Bettencourt. Avançando agora para a revisão em si: muito boa estreia no mundo da música. Não sou muito apreciador de música portuguesa, tendo apenas algumas poucas bandas favoritas (Dazkarieh, Deolinda, Moonspell e Xutos e Pontapés), mas devo confessar que os Maria Clementina já cairam nas minhas boas graças. O Extended-Play tem quatro faixas entre elas, aquela que fica mais no ouvido: Veio a Maria Clementina. Isto deve-se talvez ao reclame televisivo a que o tema está associado. As letras são de uma riqueza literária enorme e a musicalidade também é boa. Ora aqui está uma grande surpresa no novo mundo da música nacional. Overall, é um bom EP que aconselho a quem gostar de música calma e de letras interessantes.
AVALIAÇÃO: 16 em 20
-Música do Extended-Play:


domingo, 4 de julho de 2010

Videojogos-Age of Mythology (2002)

Age of Mythology é, para mim, o melhor jogo de estratégia em tempo real de sempre. Com uma jogabilidade, variedade e organização suberbas, o jogo consegue sair vitorioso na batalha Age of Empires vs Age of Mythology. A história é baseada, tal como o nome sugere, em mitologia. Neste caso o enredo centra-se á volta de Arkantos, um herói da Antlântida, conhecido por ter enviado para o Submundo vários inimigos. A primeira parte do jogo centra-se na civilização grega e nas problemáticas da guerra de Tróia e de um ciclope, chamado Gargarensis, que rouba o tridente ao deus Poseidon de modo a formar uma aliança com o titã Kronos que está preso no Submundo. Durante o jogo, o jogador tem de passar por várias situações em que tentará impedir Gargarensis de abrir os portões do Inferno. A segunda parte passa-se no Egipto, onde os heróis devem recolher todas as peças do corpo do deus caído, Osiris, e juntá-las de modo a conseguirem um avanço na guerra contra o ciclope. Na terceira parte, encontramo-nos na Escandinávia onde temos que ajudar anões a recuperar a sua mina de ouro, juntar os vários clãs que lutam entre si num só e até montar o martelo do deus do trovão, Thor. Enfim, um enredo fantástico que resume a guerra entre os dois irmãos deuses, Zeus e Poseidon. Para além disso, para a época, 2002, o jogo apresenta bons gráficos e uma banda sonora de se lhe tirar o chapéu. Overall, um excelente videojogo de estratégia em tempo real que aconselho a todos os apreciadores do género e mesmo quem não gostar, vai começar a apreciar este estilo após jogar Age of Mythology.
AVALIAÇÃO: 18 em 20

-Gameplay do videojogo:




sábado, 3 de julho de 2010

Literatura-Millenium 1: Os Homens que Odeiam as Mulheres de Stieg Larsson (2005)

Stieg Larsson seria um excelente escritor de policiais se ainda se encontrasse vivo. O grande jornalista sueco morreu pouco tempo após ter entregue a trilogia Millenium numa editora e posso dizer: deixou um legado fantástico. Os Homens que Odeiam as Mulheres é capaz de ser um dos melhores livros que li até hoje, não pela qualidade da escrita em si mas pelo vocabulário técnico e enredo complexo que nos leva até ao extremo do interesse. A história fala-nos de um jornalista chamado Mikael Blomkvist, conhecido como Super Blomkvist na imprensa de concorrência á sua revista, Millenium. O jornalista é acusado de difamação por ter publicado informações falsas sobre um famoso especulador do paraíso financeiro sueco conhecido como Hans-Erik Wennerström. O julgamento que declara três meses de cadeia para Blomkvist deita a sua vida na revista Millenium e credibilidade abaixo, fazendo com que o jornalista receba um convite de um antigo industrial, Henrik Vanger, para procurar a sua sobrinha-neta, Harriet. Como jornalista de investigação, Mikael aceita e entra nesta investigação com a ajuda de Lisbeth Salander, uma hacker socialmente incapaz, que usa piercings e pinta-se de preto no dia-a-dia. É esta dupla de investigadores caricata que desvenda os terríveis sete crimes cometidos contra mulheres, daí o título do livro. Há ainda uma citação do autor que devo dizer e que adorei: "Existem famílias que têm alguns esqueletos no armário. A família Vanger tinha o cemitério inteiro." Overall, é um excelente livro que aconselho a todos aqueles que forem fãs do gênero policial.

AVALIAÇÃO: 18 em 20

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Séries-Camilo, o Presidente: 1ªTemporada (2009)

Camilo de Oliveira (A Loja do Camilo, Camilo na Prisão, Camilo em Sarilhos) é, a meu ver, o génio da comédia portuguesa e também o ancião ainda vivo, com 76 anos de idade. Filipe David é o guionista da fantástica e presumível última série feita pelas mãos do grande actor: Camilo, o Presidente. É fantástica a vivacidade do génio da comédia que ainda trás os seus habituais trocadilhos de linguagem e o famoso "...é o cu da tua tia" na bagagem. Posso dizer que esta é uma das minhas séries favoritas de Camilo de Oliveira, logo a seguir a A Loja do Camilo e Camilo em Sarilhos. Neste conjunto de episódios, Camilo Tondela é presidente da Junta de Freguesia de Fanecas de Cima e tem uma rivalidade extrema com Rafael Manteigas, presidente da Junta de Freguesia de Fanecas de Baixo, fantasticamente interpretado por Carlos de Almeida Ribeiro (Conta-me Como Foi, Eclipse Lunar). A série retrata bem os habituais problemas dos políticos e também do bairrismo envolvido numa Junta de Freguesia. Relembro um diálogo fantástico que vi num episódio em que Camilo tentava subornar um árbitro de futebol para que a sua equipa vencesse:
"Árbitro: -Deu-me um apito prateado?
Camilo Tondela: -Sabe... Eu era para lhe ter dado um apito dourado mas é que o ourives foi de férias para Gondomar.
Árbitro: -Mas eu não preciso de outro apito.
Camilo Tondela: -Perdão, vossa excelência mas é que este meu apito apita como nenhum outro apito apita.
Árbitro: -Eu acredito que o apito apite. Mas eu não preciso de um apito que apite melhor que o meu apito apita."
A série conta ainda com as boas actuações de Carlos Sebastião (Amália, A Vida Privada de Salazar, O Dia do Regícidio) como Gilberto Contradanças e Cristina Areia (Liberdade 21, O Bando dos Quatro, Sexta á Noite) como Edite Sardinha.
Overall, uma excelente série também com uma boa fotografia e uma banda sonora suberba baseada em ritmos parisienses.

AVALIAÇÃO: 18 em 20

-Excerto de um episódio da série: