domingo, 30 de maio de 2010

Cinema-Pesadelo em Elm Street (2010)

Pesadelo em Elm Street é, a meu ver, o melhor Slasher de todos os tempos e um dos melhores filmes do gênero Terror. Ora, esqueci-me de fazer uma pequena referência: falo obviamente do clássico de 1984. O realizador Samuel Bayer, conhecido por ter realizado videoclipes do grupo americano de Pop Rock Green Day, tentou fazer um remake do original de Wes Craven (A Última Casa á Esquerda, Scream 3, The Hills Have Eyes). Simplesmente são dois realizadores que nunca poderiam ser metidos no mesmo saco, e este remake prova isso. A história de suberba originalidade de um assassino nos nossos sonhos mantem-se mas falha no desenvolvimento da história. O original de 1984 conseguiu prender-me ao enredo muito mais que este filme. E quem se esquece da cena de violência glamorizada em que Glen Lantz (Johnny Depp) é sugado por uma cama e segundos depois há uma explosão de baldes de tinta vermelha que representam sangue? É nesta "beleza" tétrica e originalidade que o remake deste ano falha. Não só na evolução da história, que acaba por ser um rol de sustos repentinos, mas também nas actuações que estiveram a um nível baixo. Apesar disso, três actores safaram a coisa: Jackie Earl Haley (Shutter Island, Watchmen) como Freddy Krueger, Kyle Gallner (Jennifer´s Body, Caçador de Espíritos) como Quentin Smith e Connie Britton (24) como Doutora Gwen Holbrook. Quero dar os parabéns a Wesley Strick (Wolf, Doom) e Eric Heisserer (Stranger Adventures) por terem colocado um dos melhores momentos que já ouvi num diálogo:
Freddy Krueger: -It´s time to play. What game you want to play?
Nancy Holbrook: -Fuck you!
Freddy Krueger: -Hum... That sounds like fun!
Ri-me bastante nesta parte. O filme salva-se pelos exímios efeitos especiais e pela muito boa fotografia. Tem um final que eu defino como estranho uma vez que termina muito repentinamente e começa uma música dos The Everly Brothers, uma antiga banda de Pop Rock. Apesar dos aspectos negativos, Pesadelo em Elm Street apresenta alguma fidelidade ao original no que toca a alguns momentos e também ao tema de abertura.
Overall, é um filme que aconselho a quem gostar do gênero Terror, mas que não aconselho a quem gostou bastante, como eu, do original, de 1984.

AVALIAÇÃO: 16 em 20

-Trailer do filme:


Música-Red Hot Chili Peppers: One Hot Minute (1995)

Primeira coisa: engano-me se disse que o segundo melhor álbum dos Red Hot Chili Peppers é Blood Sugar Sex Magik, de 1991. Na realidade, One Hot Minute, de 1995, que passou despercebido pelo público, é que ocupa este lugar nas minhas preferências. Com instrumentais suberbos, músicas calmas e mais pesadas, líricas interessantes e exímios vocais por Anthony Kiedis (vocalista e compositor). Os melhores temas do álbum são: Deep Kick, Cofee Shop, Pea, One Big Mob, One Hot Minute, Fallowing Into Grace e Shallow Be Thy Game. Pea tem as líricas mais hilariantes do grupo de Rock californiano, sendo que Anthony Kiedis recorre á gíria várias vezes. No ínicio de Aeroplane há um excelente discurso e este registo deve ser um dos melhores que já ouvi. Este álbum possui cinco singles: Warped, My Friends, Aeroplane, Cofee Shop e Shallow Be Thy Game. Overall, um trabalho que merece todos os elogios e que aconselho a todos os comuns mortais que gostam de Rock.

AVALIAÇÃO: 17 em 20

-Música do álbum:




sábado, 29 de maio de 2010

Música-Red Hot Chili Peppers: Blood Sugar Sex Magik (1991)

Sangue, sexo, açúcar e magia é sem dúvida o que nos fica na cabeça após ouvirmos o quinto registo de originais do grupo de Rock californiano Red Hot Chili Peppers. Os rapazes do Funk que tinham vindo a evoluir desde o seu álbum homónimo, de 1984, até The Uplift Mofo Party Plan, de 1987, com uma descida de qualidade em Mother´s Milk, de 1989, têm o seu segundo melhor álbum, a meu ver, em Blood Sugar Sex Magik, de 1991. Misturam o Funk, com Rock mais pesado e outros estilos mais calmos neste trabalho. O meu tema favorito do registo é o célebre e aclamado Give It Away. Outro tema que adorei foi The Righteous and The Wicked, que apresenta uns riffs mais pesados por parte de John Frusciante (ex-guitarrista e compositor). Outros temas fantásticos são: Funky Monks, Suck My Kiss, I Could Have Lied, Blood Sugar Sex Magik, Under The Bridge e The Greeting Song. Quero ainda acrescentar que no final do álbum, Anthony Kiedis (vocalista e compositor) apresenta uns vocais bastante curiosos e de velocidade acentuada em They´re Red Hot. Este álbum possui cinco singles: Give It Away, Under The Bridge, Suck My Kiss, Breaking The Girl e If You Have To Ask. Overall, um álbum que aconselho não só aos fãs de Red Hot Chili Peppers mas também a quem os quer conhecer melhor, uma vez que este registo apresenta a banda em diferentes vertentes.

AVALIAÇÃO: 16 em 20

-Música do álbum:




domingo, 23 de maio de 2010

Música-Red Hot Chili Peppers: Mother´s Milk (1989)

Mother´s Milk é o quarto álbum de originais da banda de Rock californiana Red Hot Chili Peppers. Apesar de ser neste trabalho que o meu guitarrista favorito John Frusciante (ex-guitarrista) se estreou nos Red Hot Chili Peppers, devo confessar que foi, de certo modo, uma desilusão para mim. A fasquia tinha sido cada vez maior com a evolução do álbum Freaky Styley para The Uplift Mofo Party Plan, mas julgo que, de certa forma, Mother´s Milk serviu para baixar um pouco a qualidade musical dos Red Hot Chili Peppers. Apresenta um ritmo diferente, mais complexo mas não compensa visto que tem algumas músicas como Pretty Little Ditty, que não me suscitaram muito interesse. Esta, em especial, por ser um tema basicamente instrumental que apresenta um ritmo muito monótono. Apesar destes factores negativos, Mother´s Milk apresenta temas que gosto: Good Time Boys, Punk Rock Classic e Sexy Mexican Maid. O meu tema favorito deste álbum é Stone Cold Bush devido aos vocais fantásticos de Anthony Kiedis (vocalista e compositor). Para além disso, este álbum contem ainda uma faixa alongada de um tema originalmente de Jimmy Hendrix, Fire, que também já tinha sido apresentado no Extended-Play The Abbey Road. Mas não só este tema é pertencente a outro músico mas também Higher Groud que foi composto por Stevie Wonder. Este quarto trabalho dos Red Hot Chili Peppers traz também algumas influências de Metal como é exemplo o tema Punk Rock Classic, em que John Frusciante utiliza alguns riffs de guitarra bem pesados. Este álbum possui três singles: Knock Me Down, Higher Ground e Taste the Pain. Overall, é um álbum razóavel, que apresenta temas diferentes do habitual por parte dos Red Hot Chili Peppers e que, sinceramente, não aconselho ao público geral.

AVALIAÇÃO: 15 em 20

-Música do álbum:


sábado, 22 de maio de 2010

Música-Red Hot Chili Peppers: The Abbey Road (1988)

Depois de ter revisto e comentado os três primeiros álbuns da banda de Rock oriunda da California, venho rever o seu primeiro e único Extended-Play. The Abbey Road será uma paródia a um dos álbuns mais famosos álbuns do grupo de Pop Rock dos anos 60, os célebres The Beatles. O mais certo é que a paródia fica apenas pela capa, porque, quanto ao conteúdo, os Red Hot Chili Peppers trazem o seu Funk pesado em cinco faixas. Apenas contém um tema original, Fire, que adorei devido á complexidade com que é executado. Fire é uma adaptação de uma antiga música de Jimmy Hendrix. Este EP apresenta ainda músicas como Backwoods do álbum The Uplift Mofo Party Plan, True Man Don´t Kill Coyotes de The Red Hot Chili Peppers (álbum) e Hollywood e Catholic School Girls Rule de Funky Styley. É um conjunto de músicas razoáveis e boas de Red Hot Chili Peppers, que assinalam um "best of" dos seus três primeiros álbuns com este EP, contendo ainda o fantástico tema Fire. Overall, é um bom Extended-Play que aconselho a quem quiser ter um gostinho do que os Red Hot Chili Peppers viriam a fazer de futuro em Mother´s Milk, de 1989, e para quem quiser ouvir boas músicas de diferentes álbuns num só disco.

AVALIAÇÃO: 16 em 20

-Música do Extended-Play:



quinta-feira, 20 de maio de 2010

Música-Red Hot Chili Peppers: The Uplift Mofo Party Plan (1987)

O terceiro álbum dos Red Hot Chili Peppers, The Uplfit Mofo Party Plan, de 1987, é mais uma evolução na carreira destes senhores do Rock. Já se tinha notado uma diferença entre The Red Hot Chili Peppers (álbum), de 1984, e Freaky Styley, de 1985, mas a grande evolução é marcada por este terceiro trabalho que deixa em evidência o abandono do Funk e a utilização de grandes riffs do ex-membro Hillel Slovak (ex-guitarrista e compositor) que são característicos do Rock N Roll puro e duro, sem esquecer os maravilhosos momentos de Flea (baixista e compositor) que são tão característicos dos rapazes da California. É quase impossível não se gostar das músicas deste álbum, das quais destaco: Fight Like A Brave, Funky Crime, Me and My Friends e Backwoods. Para além destas fantásticas composições musicais, destaco ainda o meu tema favorito do álbum, Walking On Down The Road que apresenta ifluências de um Rock mais pesado. Também dei valor a temas como: Behind The Sun, Subterranean Homesick Blues, Special Secret Song Inside e para fechar o fantástico alinhamento, Organic Anti Beat Box Band. Foram extraídos apenas dois singles, apesar de outros serem melhores: Fight Like A Brave e Me and My Friends. Overall, é um álbum bom por parte dos Red Hot Chili Peppers, que, ainda não atingindo o seu pico, evoluem na maneira de fazer música. Aconselho aos fãs da banda e aos fãs de Rock N Roll que gostem de ouvir novas sonoridades.

AVALIAÇÃO: 16 em 20

-Música do álbum:


terça-feira, 18 de maio de 2010

Música-Red Hot Chili Peppers: Freaky Styley (1985)

Neste seu segundo trabalho, Freaky Styley, de 1985, os Red Hot Chili Peppers conseguem evoluir, de certa forma, em algumas musicalidades apresentadas no álbum de 1984, e seu primeiro, homónimo da banda. A capa do álbum talvez transmita a festividade e complexidade de temas como Jungle Man e American Ghost Dance, que adorei. Outros temas interessantes são If You Want Me To Stay, Nevermind e o homónimo ao álbum: Freaky Styley. No entanto volta a repetir-se o uso de temas de curta duração, mas não resultam tão bem como em The Red Hot Chili Peppers (álbum). Exemplo disto é Lovin And Touchin. Os temas bons voltam a ser retomados com The Brothers Cup e Battle Ship. Freaky Styley contem aquilo a que eu chamo de "uma revolução no Funk", sendo este o seu estilo primordial, mas contendo alguns traços e riffs de Rock N Roll e Metal. Yertle The Turtle fecha o alinhamento deste álbum e apresenta uma introdução fantástica e hilariante em que alguém diz "Look at that turtle going bro..." e Anthony Kiedis (vocalista e compositor) começa a cantar com a sua voz fantástica de The Red Hot Chili Peppers (álbum). Freaky Styley concedeu á extacção de quatro singles: Jungle Man, American Ghost Dance, Catholic School Girls Rule e Hollywood (Africa). Overall, um álbum que aconselho aos fãs de Red Hot Chili Peppers, mas também aos amantes do Rock.

AVALIAÇÃO: 15 em 20

-Música do álbum:




domingo, 16 de maio de 2010

Música-Red Hot Chili Peppers: The Red Hot Chili Peppers (1984)

Começo agora a rever o trabalho de uma das minhas bandas favoritas, e das melhores do estilo Rock. Os californianos Red Hot Chili Peppers estrearam-se em 1984, com o álbum The Red Hot Chili Peppers. Este título homónimo ao grupo trás aos ouvintes um estilo mais baseado no Funk e é, a meu ver, um trabalho razoável da banda. Apresentando uns vocais curiosos por parte de Anthony Kiedis (vocalista, compositor), as músicas deste trabalho baseam-se muito numa mistura de música pesada com música calma, o que o torna agradável de ouvir. A minha música favorita neste álbum é, sem dúvida, Buckle Down, devido aos fantásticos riffs do já ex-membro Jack Sherman (ex-guitarrista). Outras músicas interessantes são a hilariante Mommy Wheres Daddy e True Man Don´t Kill Coyotes. A música que mais me desiludiu foi Grand Pappy Du Plent, que se baseia em instrumental muito monótono. Este álbum tem ainda a curiosidade de conter faixas de muito curta duração que dão algum "colorido" ao trabalho: You Always Sing the Same e Police Helicopter. Este álbum tem dois singles: True Men Don´t Kill Coyotes e Get Up and Jump. Overall, um trabalho razóavel dos Red Hot Chili Peppers que têm, mais á frente na carreira, obras mais interessantes. Apenas aconselho este álbum aos fãs do grupo.

AVALIAÇÃO: 15 em 20

-Música do álbum:


quinta-feira, 13 de maio de 2010

Séries-The Tudors: 1ªTemporada (2007)

Como amante de História e mais especificamente da época medieval, tenho que adorar The Tudors. Uma das mais bem conseguidas séries no que toca á representação da época em questão. O enredo desta primeira temporada envolve o rei da Inglaterra, Henrique VIII, conhecido pelas suas seis mulheres, que tenta divorciar-se da sua primeira rainha, Catarina de Aragão devido ao facto de esta nunca lhe ter dado um filho herdeiro para o trono do país. Como justificação tenta provar que o casamento entre ambos é inválido e, portanto, pede o divórcio ao Papa que o vai negando no decorrer dos variados episódios. Entretanto, Henrique VIII apaixona-se por Ana Bolena, uma rapariga da nobreza, e encontra mais um objectivo para se separar de Catarina. Isto são poucos exemplos de um magnífico enredo que, verídico, retrata uma época, como nenhuma outra série me fez ver. Desde ao sexo e violência ás "fofoquices" da corte inglesa. Com um elenco fantástico: Jonathan Rhys Meyers (De Paris com Amor, Elvis) no papel do rei Henrique VIII, Henry Cavill (Stardust, O Conde de Monte Cristo) no papel de Charles Brandon e Sam Neill (Parque Jurássico, O Piano), um dos meus actores favoritos, no papel de Cardeal Thomas Wolsey. Existem, obviamente mais nomes que constam na fantástica lista de bons actores que incorporam o elenco, havendo, porém uma que não me agrada: Maria Doyle Kennedy (Nothing Personal) no papel da rainha Catarina de Aragão. Excelente guião por parte de Michael Hirst (Elizabeth: A Idade do Ouro) , boa fotografia e boa banda sonora. No final desta primeira temporada começa a época da Inquisição que virá a evoluir na segunda e terceira temporadas. Overall, uma série que aconselho a quem gostar de História e séries de época.

AVALIAÇÃO: 17 em 20

-Trailer da série:


Videojogos-The Simpsons: Hit and Run (2003)

The Simpsons é uma série de televisão animada que ficou nos nosso corações pelo seu humor negro. O mesmo se repete no videojogo The Simpsons: Hit and Run onde um clã alien ataca Springfield e a família mais conhecida de arredores "arrisca o pêlo" para salvar a sua pacífica cidade. Neste fantástico videojogo, temos níveis que são divididos por missões e em cada nível uma personagem da série entra em acção. Temos ao nosso dispor Homer, Bart, Liza, Marge e Apu. Para além das missões principais que farão avançar a história, existem corridas de automóveis bónus e outro tipo de mini-jogos dentro da acção principal. Podemos quase tomar The Simpsons: Hit and Run como uma paródia da série de videojogos Grand Theft Auto, em que o jogador completa também missões do submundo em troca de dinheiro. Claro que nem tudo é positivo neste jogo: os objectivos das missões vão-se tornando monótonos e parecidos com o passar da evolução da história, tendo sempre o jogador de apanhar objectos, destruir outras viaturas ou perseguir inimigos até determinado ponto do mapa. Retirando isso, o humor fantástico continua em The Simpsons: Hit and Run e também uma boa banda sonora, principalmente no último nível. Os gráficos do jogo estão bastante bons para altura em que foi feito. Overall, é um jogo bastante razóavel que aconselho não só aos fãs da mítica série The Simpsons mas também áqueles que gostam de se rir um pouco enquanto jogam.

AVALIAÇÃO: 16 em 20

-Gameplay do videojogo:



segunda-feira, 10 de maio de 2010

Música-Gogol Bordello: Trans-Continental Hustle (2010)

Depois de ter revisto a discografia deste fantástico grupo de música Gypsy Punk volto agora com o novo álbum de originais, Trans-Continental Hustle, que saiu nas discotecas e lojas de lazer no último dia 27 de Abril. É fantástica a maneira como os Gogol Bordello apresentaram o novo álbum: utilizaram um tema antecipadíssimo e fantástico chamado Pala Tute que "já tem barbas" mas nunca foi trazido para um álbum ou extended play deste maravilhoso grupo. Trans-Continental Hustle baseia-se, segundo fontes informativas, na estadia de Eugene Hutz (vocalista, guitarrista e compositor) no Brazil, desde 2008. Sem dúvida, este álbum tem bastante influência de melodias da terra de Pedro Álvares Cabral e algumas guitarradas latinas, do estilo do primeiro álbum do grupo, Voi-La Intruder, de 1999. O meu tema favorito deste conjunto de composições musicais é mesmo Immigraniada (We Comin´Rough) que mostra que as clássicas músicas sobre imigração não morreram na banda. When Universes Collide, Uma Menina, Raise The Knowledge e Last One Goes The Hope são outros temas que me chamam bastante a atenção e onde os solos de acordeão e de violino de Yuri Lemeshev (acordeonista) e Sergey Ryabtsev (violinista) se fazem ouvir. Trans-Continental Hustle, tema homónimo ao álbum, também apresenta uns vocais que adorei. Este quinto conjunto de originais dos Gogol Bordello é, ao mesmo tempo, portador de um estilo único e partilhador de algumas influências de Gypsy Punks: Underdog Worldstrike, de 2005, e Gogol Bordello vs. Tamir Muskat, de 2004. Trans-Continental Hustle ainda não possui singles. Overall, é um álbum agradável de ouvir mas não vai muito de encontro ao que os Gogol Bordello costumavam fazer e, portanto, não aconselho a quem não for fã.

AVALIAÇÃO: 15 em 20

-Música do álbum:

domingo, 9 de maio de 2010

Concertos-Gotan Project: Coliseu do Porto (08/05/2010)

Eram 22:30 quando o público se aproximou do palco do Coliseu do Porto, na Invicta. Cinco holofotes, cada um com uma letra, representavam a palavra "tango" e eram iluminados por várias luzes que variaram entre o vermelho, azul, amarelo, violeta, etc... Os sete senhores da Argentina, Suiça e França abriram com Época, um grande clássico, conhecido pelo povo português pelo reclame do Calgonit. A emoção já estava a infectar a plateia em pé quando os Gotan Project seguiram com uma homenagem a um escritor argentino do qual não me lembro o nome mas que foi muito bem apresentada, tendo uma tela de cinema atrás deles que exibia as líricas para o público também acompanhar a belissíma voz da vocalista. O ecrã continuou a mostrar fantásticos vídeos de música para música, e os artistas avançaram com a apresentação do seu novo álbum Tango 3.0. Primeira coisa a dizer: nem só de Tango 3.0 viveu este concerto mas também de clássicos de Lunático, de 2006, e de La Revancha del Tango, de 2001. Prova disto foi quando as palmas já batiam alto com a música Mi Confésion, do álbum Lunático. Logo asseguir a esta mais dois singles eclodiram no Coliseu do Porto, e assim eclodiram saltos por parte da multidão com Diferente e La Gloria. A apresentação do novo álbum prosseguiu e, findadas 14 músicas estes grandes senhores abandonaram o palco. Com um encore que deve ter entrado para a história (todo o público a bater com os pés no chão a pedir mais), os Gotan Project voltaram a entrar em cena, onde apresentaram mais seis temas. Antes de começar o encore, um dos senhores dos sintetizadores revelou que os holofotes tinham slides de vidro na frente que continham as letras. Mudou então os slides de posição: TANGO escreve-se com as mesmas letras que GOTAN. Vinte músicas e uma hora e meia foi quanto durou este que foi, sem dúvida, o melhor concerto da minha vida de 16 anos. E sublinho "16 anos" pois tinha acabado de os fazer na véspera e como tal, tomei esta, como a melhor prenda de todas e de sempre. Na realidade os temas deste último álbum não são tanto de minha preferência e a qualidade sonora podia ter estado melhor. São os únicos pontos negativos, se é que negativos são, a retirar deste espectáculo de luz, cor, obscuridade e alegria. Para verem mais fotografias deste concerto, visitem o meu Hi5 em http://nobrainnopain.hi5.com/ e mais vídeos, no meu canal pessoal do Youtube, em http://www.youtube.com/user/MrBarbosa104 .

AVALIAÇÃO: 19 em 20

-Vídeo do concerto:



quinta-feira, 6 de maio de 2010

Literatura-E Se Obama Fosse Africano? E Outras Interinvenções de Mia Couto (2009)


Depois de já ter revisto um romance deste autor, Mia Couto, O Outro Pé da Sereia, de 2006, regresso novamente ás críticas de literatura com o soberbo E Se Obama Fosse Africano? E Outras Interinvenções, do ano transacto. É um dos poucos livros de crónicas do fantástico escritor e biólogo moçambicano das quais mais nenhuma, para além desta, li. Para quem, como eu, está mais habituado a ler romances deste senhor pode ser difícil a adaptação a este estilo de escrita mais livre e mais pessoal que Mia Couto adopta neste livro. O autor fala-nos dos problemas da actualidade, desde a guerra, á fome, aos maus costumes, á parca cultura, através de intervenções que o mesmo fez em congressos lusófonos em universidades e outros locais. Confesso que foi dos únicos, se não mesmo o único, livro que me fez rir ás mil gargalhadas a alto e bom som. Mia Couto fala seriamente dos assuntos mas usando sempre o seu fantástico humor. Relembro uma passagem que achei soberba, num diálogo entre o escritor e um velho de Moçambique. Diz o velho:
"-O senhor não sabe falar nada de xi-djaua?
-Nem uma palavra, Saide.
-Está a ver a diferença entre nós?
-Estou, sim. Nós falamos diferente.
-Não, o senhor não está a ver. A diferença entre nós não está no que falamos. A diferença está em que eu sei ficar calado em português e o senhor não sabe ficar calado em nenhuma língua".
Overall, é sem dúvida um livro que aconselho qualquer um a ler. Qualquer um que queira saber mais sobre Moçambique e quem julga que Mia Couto só nos trás fantásticos romances.

-AVALIAÇÃO: 17 em 20

terça-feira, 4 de maio de 2010

Música-The Prodigy: Invaders Must Die (2009)

Invaders Must Die, do ano transacto, é, no meu ver, o melhor álbum do grupo de música Electrônica, The Prodigy. Depois de The Fat Of The Land e Always Outnumbered Never Outgunned, os grandes senhores da rave britânica trazem á baila o "excede as espectativas" no seu estilo de música. Omen e Take Me To The Hospital são hinos brilhantes deste álbum, assim como o tema seu homónimo, Invaders Must Die. Omen é mesmo a minha música predilecta do grupo e outra que se encontra nos meu favoritos é Warrior´s Dance que apresenta vocais femininos do que faz lembrar uma desagradável música do estilo House mas que acaba por trazer, com o evoluir da música, as melhores melodias do Big Beat. Thunder é, para além de Run With The Wolves, um dos temas que mais interesse suscitou em mim. A primeira referida por causa dos vocais um tanto ou quanto de reggae e a segunda pelas batidas mais secas, bem ao estilo dos The Prodigy. Relembro que Omen Reprise é um tema também a ouvir sendo um tipo de remix do original Omen que já referi. Apesar destas fantásticas inovações no que estavamos habituados a ouvir deste grupo, posso confessar que as últimas três músicas do álbum acabam por trazer algo de comercial e não tão bem sucedido a nível de qualidade musical. E isso, sem dúvida, trás algum peso na minha nota final. Este álbum tem quatro singles: Invaders Must Die, Omen, Warrior´s Dance e Take Me To The Hospital. Overall, é o melhor trabalho dos The Prodigy, trazendo um estilo inovador no que estes senhores se tinham habituado a fazer.
Antes de terminar este review, quero dedicá-la, com todo o gosto, ao meu visitante mais frequente, o meu "irmão", Leandro Silva, com quem partilho uma fantástica amizade. Se tivesse que fazer uma revisão da amizade transmitida por ele, darlhe-ia um 20 convicto. Parabéns, Leandro, hoje é o teu aniversário e espero que por muitos mais anos me acompanhes.

AVALIAÇÃO: 16 em 20

-Música do álbum:


domingo, 2 de maio de 2010

Música-The Prodigy: Always Outnumbered, Never Outgunned (2004)

Always Outnumbered, Never Outgunned é o quarto álbum de originais do grupo de música Electrônica, The Prodigy e data de 2004. Lançado sete anos após o seu antecessor, The Fat Of The Land, de 1997, este novo disco trás as mesmas influências que o famoso da "capa com o caranguejo". Mantêm assim a perversidade nas suas músicas mas trata essa perversidade com mais subtileza. Será um álbum mais "feminino", por assim dizer: não apenas pela capa mas também pela repetida utilização de vocais feitos por mulheres e também por títulos de temas como Girls, que adorei. Hotride, Wake Up Call e Action Radar são três músicas que, ao tocarem seguidas, conseguem manter o ouvinte colado ao rádio, mp3, etc. Os The Prodigy repetiram neste álbum uma coisa que já tinham feito no seu antecessor: onde acaba uma música a outra começa. Isto acontece com o final de Hotride e o ínicio de Wake Up Call. Outros temas que adorei foram, sem dúvida, You Will Be Under My Wheels e o já clássico Spitfire, que figura na minha lista de composições musicais favoritas deste grupo. Deste álbum foram retirados três singles: Girls, Hotride e Spitfire. Overall, é um álbum que, igualmente a The Fat Of The Land aconselho aos fãs ávidos de The Prodigy e também áqueles que querem conhecer este grupo no seu estado mais natural.

AVALIAÇÃO: 16 em 20

-Música do álbum: