domingo, 29 de agosto de 2010

Séries-Custo de Vida: 2ªTemporada (2009)

A segunda temporada da série continua a seguir a vida de Donald Danbury, fantásticamente interpretado pelo também guionista Dan Clark (A Minha Família, The Estate Agents). Don continua a viver na casa que a sua falecida avó lhe deixou , só que agora a sua paixão Abigail está para fora e entra Mrs Treacher, interpretada pela anciã Leila Hoffman (Magnolia, Vanity Fair), que, acompanhada pelo seu geriatra Eddie Singh, do fantástico David Armand (Hora de Ponta, Elizabeth: A Idade do Ouro), começa a complicar a vida de Donald. Para piorar, Eddie decide alugar o quarto livre de Abigail a uma estudante universitária convencida, Samantha, interpretada pela lindíssima Laura Haddock (Monday Monday, The Color of Magic, A Minha Família). Com mais uma dose de humor negro, conflitos e exemplificações do estilo "5 coisas que podiam acontecer", a segunda temporada de How Not To Live Your Life (o estupendo título original), ainda se torna melhor do que a primeira. As interpretações são perfeitas, a fotografia é boa, a banda sonora muito boa, os textos suberbos e a história é de prender ao ecrã. Overall, é uma excelente série que aconselho a quem quer saber o que acontece depois da primeira temporada e a quem gostar de uma boa pitada de humor negro.
AVALIAÇÃO: 18 em 20
-Excerto de um episódio da série:


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Talk-Shows-Herman 2010: 1ªSérie (2010)

Herman José regressa à RTP 1 com um talk-show interessante. Herman 2010 é a porta que reabre a qualidade de humor do comediante de ouro que fez anteriormento O Tal Canal, Parabéns e muito mais. No entanto, existem várias lacunas nos textos escritos para as anedotas que abrem o programa. O humor de Herman, em minha opinião, rebaixou-se quando este começou a fazer programas na SIC e começou a fazer muitas referências sexuais. Não sou um conservador, aliás pelo contrário, mas detesto esse tipo de humor. No entanto, em Herman 2010 há três factores que o fazem ser bom: a rúbrica "Realmente Está Bem Visto Sim Senhor", em que o humorista faz comparações entre duas coisas; os convidados que têm sido de renome, Carlos do Carmo, Ivan Lins, etc; e os pequenos sketches de humor já típicos de Herman José. O hibrido de português e alemão consegue com Herman 2010, trazer de regresso os talk-shows de qualidade em Portugal, ao lado de 5 Para a Meia-Noite e Lado B. Overall, tem as suas más e boas coisas e aconselho a todos aqueles que gostavam do velho Herman.
AVALIAÇÃO: 17 em 20
-Excerto de um programa:



domingo, 22 de agosto de 2010

Literatura-Millenium 2: A Rapariga Que Sonhava com Uma Lata de Gasolina e Um Fósforo (2006)

Na segunda obra da trilogia Millenium, Stieg Larsson explora mais o passado e a vida de uma das protagonistas, Lisbeth Salander, a rapariga com a tatuagem de dragão, carregada de piercings, escanzelada e socialmente inapta. Depois dos acontecimentos do primeiro volume, Os Homens Que Odeiam as Mulheres, a hacker ausenta-se da Suécia para passar umas férias em várias partes do mundo enquanto o outro protagonista do policial, o jornalista de investigação Mikael Blomkvist, a procura. A sua revista, Millenium, recebe uma proposta de trabalho de um freelancer, Dag Svensson, que propõe publicar um livro a denunciar os clientes da exploração sexual de mulheres vindouras de leste. Depois de Lisbeth Salander regressar a Estocolmo e do homícidios de Dag Svensson, da sua namorada Mia Johansson e do tutor da hacker Nils Bjurman, o pânico intala-se na Suécia. A rapariga da tatuagem do dragão começa a ser procurada pelos inspectores da polícia Jan Bublanski, Sonja Modig e uma equipa especial, uma vez que as suas impressões digitais foram encontradas na arma dos crimes. Enquanto que Mikael Blomkvist tenta provar a inocência da sua amiga e ex-colega de trabalho, um misterioso gigante loiro e um tal de Zala começam a ser uma ameaça para a estabilidade da Millenium e seus associados. Mais uma excelente obra pelo já falecido jornalista sueco Stieg Larsson. É ainda de notar que este segundo livro da trilogia Millenium contem, no ínicio de cada parte, uma pequena lição de matemática e álgebra e ensinanos ao pormenor, como decorre uma verdadeira investigação policial em mais de duzentas páginas. Venha o último. Overall, é um excelente livro que aconselho vivamente e a qualquer pessoa que seja dotada de bom gosto.
AVALIAÇÃO: 18 em 20

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Cinema-A origem (2010)

Inception (estupidamente traduzido para A Origem) é talvez o melhor concorrente a filme do ano até ao momento. Vi-o no cinema e confesso que já não ficava com um filme na cabeça depois da sessão desde há um ano, quando vi Sacanas sem Lei. A história de A Origem foca-se na personagem Cobb, um gênero de ladrão do subconsciente humano, fantasticamente interpretado por Leonardo DiCaprio (Titanic, The Departed, Shutter Island, O Aviador). Cobb é defrontado com um último trabalho antes de poder voltar a ver a sua família. O empresário Saito do fantástico Ken Watanabe (O Último Samurai, Batman Begins) pede que o ladrão reúna uma equipa de profissionais para implantar uma ideia no subconsciente do filho de um CEO arqui-inimigo de forma a este não herdar o império do pai, eliminando assim um concorrente nos negócios de Saito. A equipa de profissionais é integrada por mais agentes que actuam dentro dos sonhos das pessoas e essa seria a única forma de entrar no subconsciente do sujeito. A ideia é suberbamente original e este filme ajuda a provar que o subconsciente é mais forte que o consciente. Um gênero de Pesadelo em Elm Street em estilo policial. Em vez de ser um tipo que nos mata nos sonhos, são outros tipos que lá entram e controlam o que quiserem. A complexidade do enredo chega a pontos extremos de nos colar ao ecrã. Inception é, de facto, a obra prima do fenomenal e dos meus favoritos, realizador e guionista Christopher Nolan (O Cavaleiro das Trevas, Batman Begins, The Prestige, Memento). A história é quase perfeita, pois perfeição não há e o guião apresenta vários momentos de inteligência nos diálogos e algum humor negro. Quem pensar que A Origem é um filme apenas de acção e batatada está completamente enganado. É das obras mais inteligentes e originais que já assisti. As interpretações são também suberbas, para além das que já mencionei: Marion Cotillard (La Vie en Rose, Inimigos Públicos, Nove) como Mal, Joseph Gordon-Levitt (G.I. Joe: A Ascenção dos Cobra, The Brothers Bloom) como Arthur, Ellen Page (Juno, Hard Candy, X-Men: O Último Confronto) como Ariadne, Tom Hardy (RocknRolla, A Herança) como Eames, Dileep Rao (Avatar, Drag Me To Hell) como Yusuf, Tom Berenger (Dia de Treino) como Peter Browning, Lukas Haas (The Brothers Bloom) como Nash e Cillian Murphy (O Cavaleiro das Trevas, Batman Begins) como Robert Fischer. Outras actuações que adorei, apesar de terem pouco tempo de tela, foram as de Michael Caine (Batman Begins, O Cavaleiro das Trevas, The Prestige) e de Peter Postlethwaite (O Presságio, Confronto de Titãs, Solomon Kane). A fotografia é muito boa, assim como os efeitos especiais. A banda sonora é excelente e contem a música Non, Je Ne Regrette Rien de Édith Piaf que é utilizada de uma maneira hilariante. Overall, um dos melhores filmes que já vi na minha vida e que aconselho a qualquer amante de bom cinema e ao público em geral.
AVALIAÇÃO: 19 em 20

-Trailer do filme: