segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Cinema-A origem (2010)

Inception (estupidamente traduzido para A Origem) é talvez o melhor concorrente a filme do ano até ao momento. Vi-o no cinema e confesso que já não ficava com um filme na cabeça depois da sessão desde há um ano, quando vi Sacanas sem Lei. A história de A Origem foca-se na personagem Cobb, um gênero de ladrão do subconsciente humano, fantasticamente interpretado por Leonardo DiCaprio (Titanic, The Departed, Shutter Island, O Aviador). Cobb é defrontado com um último trabalho antes de poder voltar a ver a sua família. O empresário Saito do fantástico Ken Watanabe (O Último Samurai, Batman Begins) pede que o ladrão reúna uma equipa de profissionais para implantar uma ideia no subconsciente do filho de um CEO arqui-inimigo de forma a este não herdar o império do pai, eliminando assim um concorrente nos negócios de Saito. A equipa de profissionais é integrada por mais agentes que actuam dentro dos sonhos das pessoas e essa seria a única forma de entrar no subconsciente do sujeito. A ideia é suberbamente original e este filme ajuda a provar que o subconsciente é mais forte que o consciente. Um gênero de Pesadelo em Elm Street em estilo policial. Em vez de ser um tipo que nos mata nos sonhos, são outros tipos que lá entram e controlam o que quiserem. A complexidade do enredo chega a pontos extremos de nos colar ao ecrã. Inception é, de facto, a obra prima do fenomenal e dos meus favoritos, realizador e guionista Christopher Nolan (O Cavaleiro das Trevas, Batman Begins, The Prestige, Memento). A história é quase perfeita, pois perfeição não há e o guião apresenta vários momentos de inteligência nos diálogos e algum humor negro. Quem pensar que A Origem é um filme apenas de acção e batatada está completamente enganado. É das obras mais inteligentes e originais que já assisti. As interpretações são também suberbas, para além das que já mencionei: Marion Cotillard (La Vie en Rose, Inimigos Públicos, Nove) como Mal, Joseph Gordon-Levitt (G.I. Joe: A Ascenção dos Cobra, The Brothers Bloom) como Arthur, Ellen Page (Juno, Hard Candy, X-Men: O Último Confronto) como Ariadne, Tom Hardy (RocknRolla, A Herança) como Eames, Dileep Rao (Avatar, Drag Me To Hell) como Yusuf, Tom Berenger (Dia de Treino) como Peter Browning, Lukas Haas (The Brothers Bloom) como Nash e Cillian Murphy (O Cavaleiro das Trevas, Batman Begins) como Robert Fischer. Outras actuações que adorei, apesar de terem pouco tempo de tela, foram as de Michael Caine (Batman Begins, O Cavaleiro das Trevas, The Prestige) e de Peter Postlethwaite (O Presságio, Confronto de Titãs, Solomon Kane). A fotografia é muito boa, assim como os efeitos especiais. A banda sonora é excelente e contem a música Non, Je Ne Regrette Rien de Édith Piaf que é utilizada de uma maneira hilariante. Overall, um dos melhores filmes que já vi na minha vida e que aconselho a qualquer amante de bom cinema e ao público em geral.
AVALIAÇÃO: 19 em 20

-Trailer do filme:




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