terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Cinema-A Tempo e Horas (2010)

Se formos a fazer uma estimativa de quantas comédias aparecem de qualidade nas salas de cinema portuguesas podemos ter uma resultante nula. Habitualmente os filmes não passam de temáticas estúpidas que tentam encobrir o largo campo do humor negro mal aproveitado. A Tempo e Horas, meus amigos, é exactamente o oposto do habitual. Com um elenco fantástico, Robert Downey Jr. (Sherlock Holmes, Tempestade Tropical) e Zach Galifianakis (A Ressaca), este fantástico filme prova que merece o prémio de melhor longa-metragem de humor do ano. O filme conta-nos a história de Peter Highman, um arquitecto de sucesso que irá ter que assistir ao nascimento do seu filho a quilómetros do seu local actual. Para isso apanha um avião e os problemas começam logo que conhece Ethan Tremblay, um actor amador que, acompanhado do seu pequeno bulldog Sonny, lhe irá fazer a vida negra. Expulsos do avião por serem suspeitas de terrorismo, Peter e Ethan viajam os dois de carro pelos Estados Unidos da América, numa aventura completamente louca. A fotografia é muito boa, assim como a banda sonora. Repleto de asneiras e de humor de fino recorte, A Tempo e Horas é um dos melhores filmes de comédia que já vi, se não mesmo o melhor. Overall, um excelente filme que aconselho a todos aqueles que procurem uma boa risada.

AVALIAÇÃO: 17 em 20

-Trailer do filme:




segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Música-Rammstein: Sehnsucht (1997)


A capa de Sehnsucht, segundo álbum dos Rammstein, de 1997, assusta logo á primeira vista, mas não se deixem enganar pelas aparências pois este álbum não é tão pesado como parece ser. É menos barulhento que Herzeleid e ainda usa mais o misto entre Rock e Electrónica. Bons exemplos disso são os temas que mais me tocaram: Engel, Tier e Spiel Mit Mir. Os dois temas a serem traduzidos para inglês (uma inovação dos Rammstein) são exactamente os dois singles extraídos do álbum: Engel e Du Hast. Engel é um tema maravilhoso que fica bem das duas formas, mas Du Hast é uma música demasiadamente repetitiva, a que menos gostei do álbum, e a versão em inglês consegue superar a original, em alemão. Overall, este é um bom álbum mas não um conjunto de músicas que classificaria como excelente.
AVALIAÇÃO: 15 em 20
-Música do álbum:

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Videojogos-God of War (2005)

God of War situa-se na Antiga Grécia, no mundo negro da sua mitologia. O jogador encarna a personagem Kratos, um guerreiro espartano que terá entregue a sua alma ao Deus da guerra, Ares, em prol da sua salvação. Mas a alma entregue a tão fero Deus não sai sem paga, pois Kratos acaba mesmo por sofrer terríveis perdas aquando da sua estadia no lado negro do Olimpo. Por fim, Kratos tenta derrotar a divindade que aprisionou a sua alma, procurando, incessantemente, a Caixa de Pandora. O jogo passa-se em quatro locais principais: o Mar Égeu, Atenas, Templo de Pandora e Submundo. Tem uma excelente jogabilidade, gráficos bons e uma boa história. Apesar de ser um jogo bem evoluído para a época em que vivemos, este apresenta algumas falhas na variedade, mas apresenta um estilo de jogabilidade completamente inovador que vai deixar os fãs colados horas ao ecrã (bem, já agora não muito tempo porque acaba por fazer mal aos olhos). Uma fraqueza do jogo é a mediocridade com que é apresentado o rol de "bosses" que realmente é pequeno, figurando apenas três, se forem três: a Hidra, a Medusa, o Minotauro de Hades e Ares. Overall, um excelente jogo que aconselho a toda a gente.

AVALIAÇÃO: 18 em 20


Música-Rammstein: Herzeleid (1995)

Os Rammstein, que completam agora 16 anos de carreira após se terem estreado em 1995 com o álbum Herzeleid que vou passar agora a rever. Sem dúvida, é um álbum demasiadamente bom para estreantes, contendo grandes sonoridades ainda que sejam subvalorizadas. Talvez o tema mais conhecido neste álbum seja o homónimo á banda (Rammstein) mas não será o melhor, pelo menos na minha opinião. Os dois únicos singles extraídos deste álbum, Du Riechst So Gut e Seemman, são bons temas, com mistura de Rock e Electrónica. Aliás, foi assim mesmo que os Rammstein começaram, misturando dois tipos de música que são como a água e o azeite, fazendo uma decantação perfeita com o álbum Herzeleid. Overall, não é um conjunto de músicas muito boas mas que vale a pena ouvir.

AVALIAÇÃO: 15 em 20

-Música do álbum:




terça-feira, 19 de outubro de 2010

Música-Balkan Beat Box: Blue Eyed Black Boy (2010)

Blue Eyed Black Boy é, talvez, o álbum menos bem conseguido dos Balkan Beat Box. A trupe de malucos israelitas esqueceu-se da importância da musicalidade das músicas para dar lugar aos tons mais comerciais. No entanto há excelentes músicas neste álbum, desde Move It a War Again, ou mesmo Buhala. Overall, um álbum que deixa algo a desejar, mas que mesmo assim é Balkan Beat Box.

AVALIAÇÃO: 16 em 20

-Música do álbum:


Música-Balkan Beat Box: Nu Made (Remixes) (2008)

Nu Made (Remixes) é, tal como o nome indica, um álbum apenas de remisturas. Basicamente este disco de 2008 apresenta remixes de músicas do primeiro álbum dos Balkan Beat Box, o seu homónimo, de 2005, e o segundo, Nu Med, de 2007. Não sendo eu um fã de remixes nem nenhum estilo de remisturas, fiquei completamente surpreendido com algumas sonoridades de Nu Made (Remixes). Apenas os temas Red Bula Mahala Raï Banda e Ramallah-Tel Aviv são completamente originais. Encontramos aqui Habibi Min Zaman (BBB Remix), Adir Adirim (Nickodemus Remix), Delancey (Stefen Miele Balkan Carnival Remix) e Hermetico (Dub Gabriel-Kush Arora Remixes) que apresentam as já fantásticas sonoridades dos álbuns anteriores com mais Electrônica á mistura. Joro Boro (BBB Remix) é simplesmente uma música que é quase obrigatória ouvir antes de morrer. Não pela sua qualidade musical mas sim pela loucura e hilário que transmite, sendo o meu predilecto deste álbum de remisturas. As boas músicas voltam com Digital Monkey (Puzzel Remix), Pachima (Ubk Remix) e Habibi Min Zaman (Mr. Tunes Remix). Overall, um bom álbum que aconselho a apreciadores de música Electrônica mais do que a fãs dos Balkan Beat Box.
AVALIAÇÃO: 16 em 20

-Música do álbum:



sábado, 9 de outubro de 2010

Cinema-[Rec] 2 (2009)

[Rec] 2 passa-se poucos minutos depois ou até mesmo poucos minutos antes do final de [Rec]. Depois de se saber que não havia qualquer sobrevivente dentro do prédio infectado, um médico e uma equipa de três membros da polícia de intervenção entram dentro do edíficio para encontrar sobreviventes. O médico, o único cujo reconhecimento da voz através de um comunicador para o exterior pode dar liberdade aos polícias, estranhamente leva a equipa de intervenção ao sotão onde começa a procurar vestígios da menina Medeiros, referida no filme original. Depois de se descobrir que o Doutor Owen, fantasticamente interpretado por Jonathan Mellor (Fuga de Cerebros) afinal é um padre que apenas visitou o prédio para obter o sangue da menina Medeiros de modo a criar um antídoto para a infecção, a equipa de intervenção começa a desorganizar-se e com ela a operação. Depois de muitas tretas de possessões, exorcismos e rituais religiosos, [Rec] 2 acaba por perder a qualidade do original. No entanto, o final é surpreendente tal como o primeiro. E para quem quer saber mais sobre a menina Medeiros, esta sequela é perfeita para a ocasião. Overall, um bom filme mas que é apenas uma experiência cinematográfica diferente, não excelente.
AVALIAÇÃO: 18 em 20
-Trailer do filme:

Cinema-[Rec] (2007)

[Rec] é um dos melhores filmes alguma vez feitos apenas pelo facto da sua originalidade enquanto forma de ser. Enquadrado no estilo raramente utilizado em cinema, o Found Footage, esta fantástica produção independente espanhola guia-se pelo típico filme de terror com zombies mas desta vez filmado com uma câmara amadora. Esse facto projecta o espectador para dentro do filme. A história segue uma equipa de reportagem constituída por uma jornalista, Ángela Vidal, fantasticamente interpretada por Manuela Velasco (Hospital Central, Este es mi barrio, El club de los suicidas) e o seu camaramen, que oferece a perspectiva com que o espectador vê o filme. A equipa está a passar uma noite com uma patrulha de bombeiros de forma a documentar a vida dos soldados da paz. Eis que a esquadra é avisada de que foi encontrado alguém aos berros num edíficio local. Ángela Vidal e Pablo, o seu camaramen, seguem a equipa e descobrem que a mulher que berrava no prédio estava infectada com algum tipo de vírus. Com a infecção a espalhar-se através de mordidas, [Rec] acompanha a luta pela sobrevivência dos bombeiros, jornalista, camaramen e vizinhos que se encontram em quarentena dentro do prédio devido ao alto nível de risco de contágio do vírus. Com forças militares a cercar o edíficio e sem sítio por onde fugir, tudo tem de ser gravado e como disse a própria Ángela Vidal: "No pares de filmar por nadie, Pablo. Por tu puta madre!". O final é suberbo e confesso que [Rec] foi talvez o filme que mais me assustou até hoje. Overall, o melhor filme de terror em anos e talvez o melhor Found Footage á face da terra.
AVALIAÇÃO: 18 em 20
-Trailer do filme:

Música-Balkan Beat Box: Nu Med (2007)

Nu Med é não só o segundo álbum dos Balkan Beat Box mas também o melhor. Com facilidade se diz que é em Nu Med que se encontra a obra-prima da banda israelita de música Balcã e Electrónica. O cenário sonoro que nos é apresentado no sucessor de Balkan Beat Box, de 2005, da-nos a entender que estamos na presença de um falso concerto, ouvindo-se em várias faixas o som de aplausos e ovações. A abrir com Keep´Em Straight (Intro) esta segunda colectânea da louca banda dá lugar ao meu tema favorito: Hermetico. Aqui podemos ouvir solos fantásticos executados por Ori Kaplan (saxofonista). Depois temos Habibi Min Zaman que segue uns tons jocosos executados na guitarra eléctrica. Bbbeat dá um pouco de sua graça ao disco e Digital Monkey remonta ao tema Balkanization of Amerikanization presente no álbum Gogol Bordello VS Tamir Muskat (álbum de colaboração com a banda mencionada), aplicando algumas das melodias usadas anteriormente. Ballcasio introduz o acordeão nos Balkan Beat Box e uns vocais meios loucos e é seguido do fantástico Pachima. Joro Boro apresenta uns vocais tipicamente ciganos mas executados de uma forma hilariante com algumas melodias de saxofone e Gypsy Queens remonta aos temas árabes. $20 for Boban tem um excelente solo de acordeão e Baharim concluiu a pura diversão de Nu Med. Overall, o melhor álbum dos Balkan Beat Box que aconselho a qualquer fã da banda e também de música multi-étnica.
AVALIAÇÃO: 17 em 20
-Música do álbum:

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Música-Balkan Beat Box: Balkan Beat Box (2005)

Os Balkan Beat Box, para quem não os conhece, são simplesmente uma banda que mistura Hip-Hop e Gyspy Punk com música Balcã duma forma divertida e por vezes "louca". Transbordam a mesma felicidade que o meu grupo favorito, Gogol Bordello, e contam com dois ex-membros do mesmo: Ori Kaplan (saxofonista) e Tamir Muskat (percurssão). O terceiro e último membro é Tomer Yosef (vocalista, percurssão e sintetizadores). Com origem em Israel, o trio apresenta-se ao público com um álbum homónimo, Balkan Beat Box. Sendo o galo um simbolo recorrente nos seus discos, o som do mesmo ouve-se em algumas faixas. A diversão começa logo com os temas iniciais Cha Cha e Bulgarian Chicks (featuring Vlada Tomova and Cristin Espeland). Ainda algumas influências arábes passam pelos nossos ouvidos ao ouvir Adir Adirim e 9_4 The Ladies. Sem dúvida que Gross (featuring Boom Pam) é o meu tema favorito deste álbum, uma vez que apresenta várias influências multi-étnicas como os estilos árabes, latinos e romenos. A diversão volta com Sunday Arak e o louco Meboli. Para terminar, somos servidos com um tema com alguns versos em francês: La Bush Resistance (featuring Tomer Yosef). Overall, um álbum que vale, sem dúvida, a pena ouvir. Pelo menos para quem gosta de música World e Electrónica.
AVALIAÇÃO: 16 em 20
-Música do álbum:

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Concertos-Supertramp: Pavilhão Rosa Mota (14/09/2010)

Sendo uma das melhores bandas de Art Rock do mundo, ou se não mesmo a melhor, os Supertramp entraram no pequeno palco que lhes estava reservado no Pavilhão Rosa Mota, no Palácio de Cristal, no Porto. Um dos meus grupos predilectos que completa mais de quarenta anos de carreira não trouxe o mítico Roger Hodgson (ex-vocalista, guitarrista, teclista, baixista, violoncelista, flautista e compositor), mas apesar dessa terrível falha, não deixou de dar um excelente concerto. Com um John Helliwell (saxofonista e clarinete) muito virado para a interacção com o público, os Supertramp começaram a aquecer ás 21:15. Ao final da quarta música, John descolou a boca do saxofone para se dirigir aos milhares de pessoas que se encontravam no campo de basquetebol: "The food here in Portugal is great. But not so good as, of course, a breakfast in America". Seu dito, seu feito. Um dos maiores êxitos da banda de Art Rock ecoou pelas paredes do Pavilhão Rosa Mota. Os grandes êxitos regressaram com outra intervenção do fantástico homem do clarinete: "Do you know you are being recorded, tonight? Yeahhh... And I´ll make shure that the footage goes to this thing (mostra uma pen). This one is mine. If you want one for yourselves you just have to give a little bit". Seguiram-se It´s Raining Again e a minha música favorita dos Supertramp, The Logical Song, serviu para terminar o concerto. O concerto, mas não a actuação. Passavam vídeos no fundo, com personagens estranhas e locais ainda menos ortodoxos. No entanto, a mistura de cores criou uma perfeita actuação teatral que se juntou ainda a um dos membros dos vocais de apoio que se encontrava sentado a um canto do palco, numa marquesa, com um guarda-sol e a ler o Financial Times. O público da plateia em pé e os dos bancos laterais, começaram a bater com os pés. Depois de um comentário hilariante de um senhor ("Vê lá que isso cai!") e de um tremor de terra humano, os nossos amigos de Inglaterra voltaram a subir ao palco para tocar o clássico Dreamer. O final foi fantástico: o vídeo que passava agora na parte de trás mostrava um rádio antigo a ser ligado e a começar uma música que parecia vir da banda sonora de um filme da Walt Disney. Foram duas horas de puro divertimento e emoção. Com vinte e quatro músicas tocadas com agilidade e destreza, todos os músicos estão de parabéns. Só é mesmo pena o velhote de cabelos compridos do Hodgson ter ficado para trás... Para verem mais fotografias deste concerto, visitem o meu Hi5 em http://nobrainnopain.hi5.com e mais vídeos, no meu canal pessoal do Youtube, em http://www.youtube.com/user/MrBarbosa104 .
AVALIAÇÃO: 19 em 20
-Vídeo do concerto:

domingo, 12 de setembro de 2010

Séries-The Tudors: 3ªTemporada (2009)

A terceira temporada de uma das minhas séries favoritas, The Tudors, enquadra-se no período histórico em que o povo britâncio começa uma revolta desenfreada contra o poder. Os plebeus não culpam o rei Henrique VIII, fantasticamente interpretado por Jonathan Rhys Meyers (Elvis, De Paris Com Amor), mas sim o Lorde do Selo Privado, Thomas Cromwell, igualmente digno de grande interpretação por parte de James Frain (FlashFoward, Everybody´s Fine, Sangue Fresco). Depois de reformas religiosas, a criação da Liga Protestante na Europa Central e da completa excomungação do rei de Inglaterra, o sangue começa a ser derramado. Alguns dos rebeldes são dignos de interpretações suberbas: Gerard McSorley (Robin Hood, Braveheart) como Robert Aske e Kevin Doyle (O Libertino) como John Costable. A defender a rebelião está o Cardeal Vod Waldburg do ancião e suberbo Max Von Sidow (O Sérimo Selo, O Exorcista, Robin Hood). A história segue também o terceiro casamento de Henrique VIII, agora com Jane Seymor, bem interpretada pela actriz substituta Annabelle Wallis (Body of Lies). A rainha morre de parto quando dá á luz o filho que Henrique tanto queria, Edward. Rapidamente o rei precisa de voltar a casar e é aconselhado a ficar com Anne de Cléves, uma princesa alemã luterana. Para mim ganhou uma das piores interpretações da série, por parte da famosa cantora Joss Stone (Eragon). Brevemente, o rei irá recorrer ao mesmo método que antes e decide fazer uma cospiração para arranjar forma de tornar o seu casamento inválido. Quem surge agora como a provável quinta mulher de Henrique VIII é Catherine Howard, interpretada pela bela e talentosa Tamzin Merchant (Pride and Prejudice). A fotografia continua a ser boa, assim como a banda sonora e o guião. Overall, é uma terceira temporada bem modesta mas que, não deixa de ser generosa no que toca a proporcionar momentos de interesse por parte do espectador.
AVALIAÇÃO: 17 em 20
-Trailer da série:


Literatura-Millenium 3: A Rainha no Palácio das Correntes de Ar (2007)

A Rainha no Palácio das Correntes de Ar é o terceiro e último volume da série policial Millenium, do já falecido jornalista sueco Stieg Larsson. A história segue a parte final do segundo volume, quando Lisbeth Salander, a hacker com a tatuagem de dragão nas costas, é encontrada lesionada após ter tentado o assassínio de Alexander Zalachenko, um dos grandes trânsfugas russos responsável pela corrupção dentro do principal corpo policial sueco, a Säpo. Este último volume relata-nos a estadia de Lisbeth no hospital, enquanto recupera para ser levada a tribunal devido aos crimes de que foi acusada em A Rapariga Que Sonhava com Uma Lata de Gasolina e Um Fósforo. Mikael Blomkvist, o eterno protagonista da série e os inspectores Jan Bublanski, Sonja Modig e o líder da empresa Milton Security, Dragan Armanskij, montam um plano para denunciar Alexander Zalachenko e ilibar Lisbeth Salander. Mas no meio de tanta tentativa de fazer justiça, eis que se descobre que um grupo específico dentro da Säpo, chamado A Secção, conspira contra Blomkvist e os seus associados. É sem dúvida mais um bom livro por parte do fantástico escritor sueco, mas que deixa algo a desejar. Por exemplo, quem leu os finais de Os Homens Que Odeiam as Mulheres e A Rapariga Que Sonhava com Uma Lata de Gasolina e Um Fósforo, vai ficar, sem dúvida, desiludido com a fraca conclusão, do meu ponto de vista, da série. Overall, é um livro típico de Stieg Larsson, mas deixa algo a desejar. É o pior da trilogia Millenium.
AVALIAÇÃO: 17 em 20

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Cinema-O Aprendiz de Feiticeiro (2010)

Com uma variedade de escolha pobre, a meu ver, para cinema em Setembro, escolhi aquele que me pareceu ser o filme mais aceitável para ver este mês. O Aprendiz de Feiticeiro é uma longa-metragem que fica no limiar entre o cliché e a originalidade. A história é, sem dúvida, infantil no que toca ao ponto de vista cinematográfico, mas o objectivo deste filme não é ser uma obra da sétima arte, mas apenas uma diversão. No século VIII D.C. , Merlin de James A. Stephans (Sherlock Holmes) , o famoso feiticeiro que toda a gente conhece, tinha três aprendizes: Baltazhar Blake, interpretado por Nicolas Cage (Sinais do Futuro, Ghost Rider), Veronica de Monica Bellucci (Shoot ´Em Up, Matrix) e Maxim Horvath, fantasticamente interpretado pelo grande Alfred Molina (O Código DaVinci, Homem-Aranha 2, Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo). Infelizmente, Horvath trai o seu mestre, aliando-se á já clássica vilã Morgana Le Fey, interpretada por Alice Krige (Silent Hill), querendo destruir o mundo. Isto é o cliché. A originalidade aparece no filme, quando vemos as famosas águias de metal do Empire State Building a voar e coisas do género. Depois de Baltazhar ter sido o único a sobreviver á traição de Horvath, aprisiona a alma de Morgana dentro de um género de matrioshka e tal como as bonecas russas, quanto maior o número de seguidores da Morgana forem aprisionados dentro de tal objecto, maior o número de bonecas dentro de bonecas. Depois temos o clássico e cliché romance entre um jovem estudante universitário, Dave, ridiculamente interpretado por Jay Baruchel (Como Treinares o Teu Dragão 3D, She´s Out Of My League, Tempestade Tropical) e a sempre bonita loira rapariga, desta vez interpreda por outra actriz fraca, Teresa Palmer (A Maldição 2). Sendo Dave o verdadeiro herdeiro de Merlin e tendo os ensinamentos de Baltazhar ao seu lado, tentará salvar o mundo dos maléficos Horvath e Drake Stone do fantástico Tobby Kebbell (Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo, Chéri, RocknRolla, Control). Pura história infantil. Apesar disso, como já referi, existem várias coisas positivas no filme, como alguns momentos de verdadeiro humor e isso é graças ao guião, que apresenta momentos hilariantes. As actuações são maioritariamente fracas, retirando mesmo aqueles que estiveram suberbos: Nicolas Cage, Alfred Molina e Tobby Kebbell. A banda sonora é muito boa, assim como os efeitos especiais. A fotografia é boa. Overall, é um filme divertido para quem não tem mais nada do que fazer se não ir ao cinema, mas não é um filme para ir ver de propóstio ao cinema.
AVALIAÇÃO: 17 em 20
-Trailer do filme:


domingo, 29 de agosto de 2010

Séries-Custo de Vida: 2ªTemporada (2009)

A segunda temporada da série continua a seguir a vida de Donald Danbury, fantásticamente interpretado pelo também guionista Dan Clark (A Minha Família, The Estate Agents). Don continua a viver na casa que a sua falecida avó lhe deixou , só que agora a sua paixão Abigail está para fora e entra Mrs Treacher, interpretada pela anciã Leila Hoffman (Magnolia, Vanity Fair), que, acompanhada pelo seu geriatra Eddie Singh, do fantástico David Armand (Hora de Ponta, Elizabeth: A Idade do Ouro), começa a complicar a vida de Donald. Para piorar, Eddie decide alugar o quarto livre de Abigail a uma estudante universitária convencida, Samantha, interpretada pela lindíssima Laura Haddock (Monday Monday, The Color of Magic, A Minha Família). Com mais uma dose de humor negro, conflitos e exemplificações do estilo "5 coisas que podiam acontecer", a segunda temporada de How Not To Live Your Life (o estupendo título original), ainda se torna melhor do que a primeira. As interpretações são perfeitas, a fotografia é boa, a banda sonora muito boa, os textos suberbos e a história é de prender ao ecrã. Overall, é uma excelente série que aconselho a quem quer saber o que acontece depois da primeira temporada e a quem gostar de uma boa pitada de humor negro.
AVALIAÇÃO: 18 em 20
-Excerto de um episódio da série:


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Talk-Shows-Herman 2010: 1ªSérie (2010)

Herman José regressa à RTP 1 com um talk-show interessante. Herman 2010 é a porta que reabre a qualidade de humor do comediante de ouro que fez anteriormento O Tal Canal, Parabéns e muito mais. No entanto, existem várias lacunas nos textos escritos para as anedotas que abrem o programa. O humor de Herman, em minha opinião, rebaixou-se quando este começou a fazer programas na SIC e começou a fazer muitas referências sexuais. Não sou um conservador, aliás pelo contrário, mas detesto esse tipo de humor. No entanto, em Herman 2010 há três factores que o fazem ser bom: a rúbrica "Realmente Está Bem Visto Sim Senhor", em que o humorista faz comparações entre duas coisas; os convidados que têm sido de renome, Carlos do Carmo, Ivan Lins, etc; e os pequenos sketches de humor já típicos de Herman José. O hibrido de português e alemão consegue com Herman 2010, trazer de regresso os talk-shows de qualidade em Portugal, ao lado de 5 Para a Meia-Noite e Lado B. Overall, tem as suas más e boas coisas e aconselho a todos aqueles que gostavam do velho Herman.
AVALIAÇÃO: 17 em 20
-Excerto de um programa:



domingo, 22 de agosto de 2010

Literatura-Millenium 2: A Rapariga Que Sonhava com Uma Lata de Gasolina e Um Fósforo (2006)

Na segunda obra da trilogia Millenium, Stieg Larsson explora mais o passado e a vida de uma das protagonistas, Lisbeth Salander, a rapariga com a tatuagem de dragão, carregada de piercings, escanzelada e socialmente inapta. Depois dos acontecimentos do primeiro volume, Os Homens Que Odeiam as Mulheres, a hacker ausenta-se da Suécia para passar umas férias em várias partes do mundo enquanto o outro protagonista do policial, o jornalista de investigação Mikael Blomkvist, a procura. A sua revista, Millenium, recebe uma proposta de trabalho de um freelancer, Dag Svensson, que propõe publicar um livro a denunciar os clientes da exploração sexual de mulheres vindouras de leste. Depois de Lisbeth Salander regressar a Estocolmo e do homícidios de Dag Svensson, da sua namorada Mia Johansson e do tutor da hacker Nils Bjurman, o pânico intala-se na Suécia. A rapariga da tatuagem do dragão começa a ser procurada pelos inspectores da polícia Jan Bublanski, Sonja Modig e uma equipa especial, uma vez que as suas impressões digitais foram encontradas na arma dos crimes. Enquanto que Mikael Blomkvist tenta provar a inocência da sua amiga e ex-colega de trabalho, um misterioso gigante loiro e um tal de Zala começam a ser uma ameaça para a estabilidade da Millenium e seus associados. Mais uma excelente obra pelo já falecido jornalista sueco Stieg Larsson. É ainda de notar que este segundo livro da trilogia Millenium contem, no ínicio de cada parte, uma pequena lição de matemática e álgebra e ensinanos ao pormenor, como decorre uma verdadeira investigação policial em mais de duzentas páginas. Venha o último. Overall, é um excelente livro que aconselho vivamente e a qualquer pessoa que seja dotada de bom gosto.
AVALIAÇÃO: 18 em 20

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Cinema-A origem (2010)

Inception (estupidamente traduzido para A Origem) é talvez o melhor concorrente a filme do ano até ao momento. Vi-o no cinema e confesso que já não ficava com um filme na cabeça depois da sessão desde há um ano, quando vi Sacanas sem Lei. A história de A Origem foca-se na personagem Cobb, um gênero de ladrão do subconsciente humano, fantasticamente interpretado por Leonardo DiCaprio (Titanic, The Departed, Shutter Island, O Aviador). Cobb é defrontado com um último trabalho antes de poder voltar a ver a sua família. O empresário Saito do fantástico Ken Watanabe (O Último Samurai, Batman Begins) pede que o ladrão reúna uma equipa de profissionais para implantar uma ideia no subconsciente do filho de um CEO arqui-inimigo de forma a este não herdar o império do pai, eliminando assim um concorrente nos negócios de Saito. A equipa de profissionais é integrada por mais agentes que actuam dentro dos sonhos das pessoas e essa seria a única forma de entrar no subconsciente do sujeito. A ideia é suberbamente original e este filme ajuda a provar que o subconsciente é mais forte que o consciente. Um gênero de Pesadelo em Elm Street em estilo policial. Em vez de ser um tipo que nos mata nos sonhos, são outros tipos que lá entram e controlam o que quiserem. A complexidade do enredo chega a pontos extremos de nos colar ao ecrã. Inception é, de facto, a obra prima do fenomenal e dos meus favoritos, realizador e guionista Christopher Nolan (O Cavaleiro das Trevas, Batman Begins, The Prestige, Memento). A história é quase perfeita, pois perfeição não há e o guião apresenta vários momentos de inteligência nos diálogos e algum humor negro. Quem pensar que A Origem é um filme apenas de acção e batatada está completamente enganado. É das obras mais inteligentes e originais que já assisti. As interpretações são também suberbas, para além das que já mencionei: Marion Cotillard (La Vie en Rose, Inimigos Públicos, Nove) como Mal, Joseph Gordon-Levitt (G.I. Joe: A Ascenção dos Cobra, The Brothers Bloom) como Arthur, Ellen Page (Juno, Hard Candy, X-Men: O Último Confronto) como Ariadne, Tom Hardy (RocknRolla, A Herança) como Eames, Dileep Rao (Avatar, Drag Me To Hell) como Yusuf, Tom Berenger (Dia de Treino) como Peter Browning, Lukas Haas (The Brothers Bloom) como Nash e Cillian Murphy (O Cavaleiro das Trevas, Batman Begins) como Robert Fischer. Outras actuações que adorei, apesar de terem pouco tempo de tela, foram as de Michael Caine (Batman Begins, O Cavaleiro das Trevas, The Prestige) e de Peter Postlethwaite (O Presságio, Confronto de Titãs, Solomon Kane). A fotografia é muito boa, assim como os efeitos especiais. A banda sonora é excelente e contem a música Non, Je Ne Regrette Rien de Édith Piaf que é utilizada de uma maneira hilariante. Overall, um dos melhores filmes que já vi na minha vida e que aconselho a qualquer amante de bom cinema e ao público em geral.
AVALIAÇÃO: 19 em 20

-Trailer do filme:




quinta-feira, 29 de julho de 2010

Séries-Happy Town (2010)

"Não deixes que o nome te engane" é a frase que nos apresenta a melhor série que já alguma vez vi: Happy Town. A história é simplesmente fantástica. A complexidade da mesma faz a sua quase perfeição. Numa pequena cidade chamada Haplin, a que os seus habitantes gostam de chamar Happy Town, existem estranhos desaparecimentos de pessoas. É sabido que essas pessoas desapareceram no meio de multidões durante os últimos anos, mas não há justificação para tal. Parece magia. E por isso mesmo os habitantes de Haplin falam do Magic Man quando se referem ao possível sequestrador a cuja identidade ninguém tem acesso. Numa desesperada tentativa de recuperar os seus familiares, os habitantes da cidade feliz cooperam com a polícia local. Em todos os episódios há qualquer indício que nos faz suspeitar que aquela ou outra personagem é o Magic Man, mas nenhum deles é. O final da série fala por si: é simplesmente surpreendente. Mas isto, claro, não retira as surpresas intermediárias que se vão descobrindo em cada episódio. Há um twist em cada capítulo desta fantástica série. As personagens são estranhas: desde famílias do estilo country, ricaços, raparigas que metem o nariz onde não devem, detectives corruptos e coleccionadores de objectos de cinema. Só há uma maneira de isto ser melhor explicado: é vendo mesmo Happy Town. Infelizmente, a série não irá regressar à televisão uma vez que foi cancelada nos Estados Unidos da América devido á falta de audiência. Parece que os americanos já estão habituados como nós a ver telenovelas, meninas grávidas e fofoquices e esqueceram-se da boa história policial. Enfim... O elenco de Happy Town é igualmente suberbo de onde destaco as interpretações de Lauren German (Hostel: Parte II, Massacre no Texas) como Henley, Amy Acker (Sobrenatural, Lei e Ordem, Alias) como Rachel Conroy, Robert Wisdom (The Collector, Foi Assim Que Aconteceu, Prison Break, Sobrenatural) como Roger Hobbs, Jay Paulson (CSI) como Eli "Root Beer" Rogers, Steven Weber (Sem Rasto, Lei e Ordem, Hamburger Hill) como John Haplin, Sam Neill (O Piano, Parque Jurássico, The Tudors, Daybreakers) como Merritt Grieves, M.C. Gainey (Porcos e Selvagens, Perdidos, Ossos) como Sheriff Griffin Conroy, Peter Outerbridge (Saw VI, Fringe) como Handsome Dan Farmer e ainda um actor que eu adoro apesar de ter entrado pouco tempo, Greg Bryk (Saw V, Morte no Deserto). A fotografia é boa e a banda sonora é simplesmente fantástica. Overall, é sem dúvida a melhor série que já vi e aconselho a toda a gente.
AVALIAÇÃO: 18 em 20
-Trailer da série:

terça-feira, 27 de julho de 2010

Cinema-Shrek Para Sempre (2010)

E assim termina a melhor saga de animação em 3D de sempre com o mesmo rótulo que lhe dá nome ao gênero. Pois é, foi fantástico poder colocar os óculos Real D e ver a última aventura de Shrek, com a voz de Mike Myers (Austin Powers, Sacanas sem Lei) num mundo alternativo áquele que estavamos habituados a ver. O ogre está cheio da sua vida monótona com Fiona, de Cameron Diaz (Os Anjos de Charlie, Dia e Noite), Burro, de Eddie Murphy (A Casa Assombrada, Pequeno Grande Dave, Norbit), dos seus filhos e do Gato das Botas, de Antonio Banderas (Era Uma Vez No México, Zorro). De forma a voltar ao passado e viver apenas um dia da sua vida antes de salvar Fiona da torre do dragão, Shrek assina um contrato com o personagem do universo dos irmãos Grim, o duende alemão Rumpelstiltskin, a quem Walt Dohrn empresta a voz. Shrek acaba por descobrir que o mundo não é assim tão bom sem as coisas que mais gostava. O Burro não o conhece, Fiona também não, assim como O Gato das Botas. É uma lição que todos devemos aprender: dar valor ao que temos. Não só pelo lado didático do filme me apaixonei pelo último capítulo da saga mas também pelos já típicos textos cómicos. Lembro-me que a plateia do cinema não se parava de rir na parte do aniversário dos filhos do ogre em que um rapaz se vira para ele e diz, repetidamente numa voz interessante: "Faz o graw!". A qualidade de imagem é soberba, assim como a banda sonora. Overall, é dos melhores títulos na saga e aconselho a qualquer um que seja fã de Shrek e que queira assitir a um capítulo final fantástico. Shrek fecha com chave de ouro.
AVALIAÇÃO: 18 em 20
-Trailer do filme:

Cinema-Shrek, o Terceiro (2007)

Aquele que poderia ter sido o final de uma fantástica trilogia não desiludiu. Aliás, a meu ver, foi melhor que o seu antecessor, Shrek 2. Shrek de Mike Myers (Austin Powers, Sacanas sem Lei) parte agora em viagem para ir buscar Artúr de Justin Timberlake (O Guru do Amor), o pressuposto verdadeiro herdeiro do trono de Bué Bué Longe. As aventuras do ogre estão de volta em grande plano com a ajuda do Burro, de Eddie Murphy (Pequeno Grande Dave, Norbit, A Casa Assombrada) e do Gato das Botas, de Antonio Banderas (Zorro, Era Uma Vez No México), Enquanto o ogre está ausente, o seu reino corre perigo com a tentativa de tomada de posse do derrotado Princípe Encantado de Ruppert Everett (Stardust, Inspector Gadget, Boston Legal). Os textos cómicos de humor negro estão de volta assim como os momentos de mistura de personagens do mundo fictício dos irmãos Grim. Rapunzel, Branca de Neve, a Rainha e Cinderela se juntam encarnando um estilo de Anjos de Charlie para combater o Princípe Encantado. Uma longa metragem de animação fantástica, com banda sonora adorável e qualidade de imagem soberba. Overall, um excelente filme que aconselho a qualquer apreciador de humor e também de filmes de animação.
AVALIAÇÃO: 18 em 20
-Trailer do filme:



Cinema-Shrek 2 (2004)

A sequela do original de 2001, partilha da mesma fantasia porém apresenta algumas falhas. Shrek 2 começa onde Shrek terminou, com Fiona de Cameron Diaz (Dia e Noite, Os Anjos de Charlie) e o protagonista de Mike Myers (Austin Powers, Sacanas sem Lei) juntos. Mas está na altura do casal ir ter com os pais de Fiona ao reino de Bué Bué Longe. O Burro de Eddie Murphy (Pequeno Grande Dave, Norbit, A Casa Assombrada) aparece novamente como uma visita não convidada e segue na viagem. O rei Harold, com a voz de John Cleese dos Monty Python, não aceita bem a chegada do ogre à sua casa e arranja forma de o aniquilar. Para isso fala com um caçador de prémios que acaba por se revelar como sendo O Gato das Botas, a minha personagem favorita da saga, com a voz do fantástico Antonio Banderas (Zorro, Era Uma Vez No México). Esta personagem do universo dos irmãos Grim acaba por se juntar também a Shrek e Burro. Entretanto dois sujeitos inesperados, o Princípe Encantado, com a voz de Rupert Everett (Stardust, Inspector Gadget, Boston Legal) e a sua mãe, A Fada Madrinha de Jennifer Saunders (Coraline, Friends) aparecem para tentar recuperar o reino de Bué Bué Longe para si uma vez que o princípe era o destinado amante de Fiona. Shrek procura assim encontrar maneira de se transformar em humano de forma a conquistar o coração dos pais de Fiona. É de referir também que a Rainha é interpretada pela anciã Julie Andrews (Música no Coração). O pior de Shrek 2 é que a história acaba por chegar ao exagero e abandona um pouco a simplicidade e os textos cómicos do original. A qualidade de animação continua a ser fantástica e a banda sonora continua boa. Overall, é um filme que aconselho apenas áqueles que querem saber o que aconteceu depois do original e não como um "stand alone".
AVALIAÇÃO: 17 em 20
-Trailer do filme:


segunda-feira, 26 de julho de 2010

Cinema-Shrek (2001)

Shrek é talvez, a meu ver, o melhor filme de animação em 3D alguma vez feito. Não pela sua qualidade quanto à perfeição dos desenhos mas tendo em conta a mistura de um universo infantil com humor negro. Diálogos fantásticos do filme ficam na cabeça de quem o vê. A história fala-nos de um ogre chamado Shrek, com a voz do fantástico Mike Myers (Austin Powers, Sacanas sem Lei) que vive num pântano e é temido pelo povo da Idade Média. O filme é assim mesmo situado nessa era, focando-se na mitologia daquele tempo e também na mistura de personagens dos contos de fadas dos irmãos Grim. Este misto de fantasia é que torna a longa-metragem tão criativa e original, dando um toque de humor negro a personagens infantis como o Lobo Mau, o Pinóquio, os Três Porquinhos, etc. Ora, numa feira de recolha de impostos para o rei existe um burro que fala e que consegue escapar e encontra-se com Shrek, não o deixando mais em paz. Esta personagem corresponde apenas pelo seu próprio nome, Burro e tem a voz fantástica de Eddie Murphy (O Pequeno Grande Dave, Norbit, A Casa Assombrada). Depois de se tornarem amigos os dois apercebem-se que o pântano de Shrek foi invadido por outras criaturas dos contos de fadas e estas justificam-se como tendo sido erradicadas do mundo exterior pelo tirano Farquaad, interpretado por John Lithgow (Dexter, Dreamgirls), um princípe mimado. Para chegar a rei, Farquaad tinha que se casar com uma princesa e escolhe então Fiona, a quem Cameron Diaz (Dia e Noite, Os Anjos de Charlie) empresta a voz, cuja a história é típica: uma bela dama que se encontra presa numa torre protegida por um dragão e só poderá ser libertada com o beijo do verdadeiro amor. Ora Shrek parte com o Burro, com o objectivo de recuperar o seu pântano, e completa a missão de resgatar Fiona e entregá-la a Farquaad. O pior é que o ogre se acaba por apaixonar pela princesa que afinal também revela ser ela própria uma ogre e a sua transformação ocorre durante o pôr do sol. Uma história fantástica com um dos melhores guiões que já ouvi do qual recordo os seguintes diálogos:
"Fiona: -O teu burro fala?
Shrek: -Sim, fazê-lo calar é que é díficil";
"Fiona: -Era suposto eu ser salva por um cavaleiro montada num corsel branco. Muitos o tentaram fazer.
Shrek: -Pois, pois mas morreram todos carbonizados".
A banda sonora é fantástica assim como o excepcional trabalho em 3D, para altura em que o filme foi feito, em 2001. Overall, um filme que aconselho aos mais pequenos e aos mais crescidos.
AVALIAÇÃO: 18 em 20
-Trailer do filme:


sexta-feira, 23 de julho de 2010

Séries-The Tudors: 2ªTemporada (2008)

A segunda temporada desta fantástica série épica leva-nos na viagem do segundo casamento do rei Henrique VIII de Inglaterra e o anúncio do terceiro. Ana Bolena é a vítima da paixão obcessiva e louca de Henrique e no meio de intrigas na corte inglesa, traições contra os ex-aliados franceses e alianças irónicas com o sacro império romano, The Tudors safa-se novamente no que toca aos pormenores históricos. A rigorosidade já tinha sido provada na primeira temporada, mas esta segunda leva-nos mais a conhecer o que realmente se passava naquela época. Conclusão: ninguém era verdadeiramente amigo de ninguém. No final da primeira série foi possível começar a ver o relacionamento amoroso entre Henrique VIII e Ana Bolena mas esta segunda mostra-nos o desenvolvimento desse romance e o culminar do mesmo. Jane Seymour é a nova mulher que se encontra na mira do rei mais poderoso do mundo e numa terceira temporada isso será mais que óbvio. O homem que tomou seis mulheres é interpretado pelo fantástico Jonathan Rhys Meyers (Alexandre, De Paris Com Amor, Missão Impossível III, Elvis). As outras actuações que destaco são as de Natalie Dormer (Casanova, Flawless) como Ana Bolena, Nick Dunning (Alexandre, In America) como Thomas Bolena, Henry Cavill (Stardust, Hellraiser: Hellworld) como Charles Brandon, Anthony Brophy (Frankie, Dust) como Embaixador Bishop Chapuys, James Frain (Sangue Fresco, CSI, Anatomia de Grey) como Thomas Cromwell, Jamie Thomas King (CSI, Mad Men) como Thomas Wyatt, Jeremy Northam (Miami Medical, The Payback) como Sir Thomas More, David Alpay (Miami Medical, O Home do Ano) como Mark Smeaton e, a meu ver, a melhor interpretação desta segunda série: o grande senhor Peter O´Toole (Laurêncio da Arábia, Stardust, Tróia) como Papa Paulo III. A fotografia e banda sonora são muito boas, assim como os diálogos bem adequados à época escritos pelo fantástico Michael Hirst (Elizabeth: A Idade do Ouro, Meeting Venus). Overall, é uma excelente segunda temporada que aconselho aos fãs da série e aos que gostam de História na época medieval.
AVALIAÇÃO: 18 em 20
-Trailer da série:


sexta-feira, 16 de julho de 2010

Talk-Shows-Lado B: 1ªSérie (2010)

Bruno Nogueira é uma das melhores coisas que aconteceu ao humor nonsense em Portugal, nestes últimos tempos. Ele é o grande apresentador de um grande programa: Lado B. Já há algum tempo que um talk-show não se mantinha no ar durante um longo período. Tivemos Sexta á Noite, com José Carlos Malato e Quarto Crescente, do Júlio Isidro, que não se aguentaram tanto tempo. Lado B junta-se a Herman 2010 e a 5 Para a Meia-Noite no que toca á resistência dos programas de conversa em Portugal. No caso particular do programa de Bruno Nogueira, o alinhamento é bem interessante com uma abertura do estilo stand-up executada pelo mestre do nonsense, seguida de uma reportagem ao estilo mistura de vox-pop com apanhados e seguem-se as conversas de humor acutilante com os vários convidados. O Lado B tentou manter-se sempre no lado mais radical e jovem dos talk-shows e como tal, Bruno Nogueira convidou algumas personalidades dessa mesma praia. Ultimamente, o humor do programa viria-se a degradar, lentamente. Apesar disso, Bruno Nogueira e a sua equipa estão de parabéns por terem criado este talk-show de cenário fantástico, com uma banda da casa interessante, os Skadillac, e também com um espaço aberto para personagens curiosas que não são muito conhecidas mas que existem e também com abertura para a boa produção de música nacional. Overall, um programa muito bom que espero voltar a ver em breve.
AVALIAÇÃO: 17 em 20

-Excerto de um programa:




quinta-feira, 15 de julho de 2010

Séries-Custo de Vida: 1ªTemporada (2007)

Custo de Vida, estupidamente traduzido do título hilariante How Not To Live Your Life, é simplesmente uma das mais brilhantes séries birtânicas ultimamente produzidas, ao lado de Shameless. Em formato de comédia de humor negro e acutilante o jovem génio Dan Clark (A Minha Família, The Estate Agents) escreve os melhores guiões que pode haver para o género, para além de protagonizar Don Danbury, um desempregado preguiçoso que herdou a mansão da sua avó após a sua morte e na qual vive com o geriatra Eddie Singh, fabulosamente interpretado por David Armand (Hora de Ponta, Elizabeth: A Idade do Ouro). Aquando da sua estadia em tal casa, coloca um anúncio para alugar quartos com o intuíto de arranjar dinheiro suficiente para pagar a renda. Eis que a pessoa que acede ao anúncio é uma rapariga por quem Don tinha uma paixão desde os tempos de escola, Abby Jones cuja interpretação por parte de Sinead Moynihan (Drop Dead Gorgeous) não é das melhores. Não sabe Don que Abby tem já um namorado, Karl Menford, muito bem interpretado por Finlay Robertson (Talk To Me, Doctor Who). A série retrata a vida entre o casal e o dono da casa e as suas desventuras que são excessivamente cómicas. Para além disso, a série é ilustrada com demonstrações do tipo: "5 coisas que não se devem fazer em determinada situação" e essas cinco possibilidades são exibidas de seguida. A fotografia é boa tal como a banda sonora. Overall, é uma série que aconselho a qualquer um que goste de uma boa dose de humor negro, misturada com o drama da vida real.
AVALIAÇÃO: 17 em 20

-Excerto de um episódio da série:




domingo, 11 de julho de 2010

Música-Maria Clementina: Maria Clementina (2010)

Os Maria Clementina são um projecto de música português cuja formação é completamente desconhecida. Talvez por isso e pela banda ser representada por quatro desenhos a preto e branco, que representam os artistas, me tenha interessado por ouvir este primeiro EP do grupo. Devo confessar que uma voz, ao que me pareceu, reconheci: Tiago Bettencourt. Avançando agora para a revisão em si: muito boa estreia no mundo da música. Não sou muito apreciador de música portuguesa, tendo apenas algumas poucas bandas favoritas (Dazkarieh, Deolinda, Moonspell e Xutos e Pontapés), mas devo confessar que os Maria Clementina já cairam nas minhas boas graças. O Extended-Play tem quatro faixas entre elas, aquela que fica mais no ouvido: Veio a Maria Clementina. Isto deve-se talvez ao reclame televisivo a que o tema está associado. As letras são de uma riqueza literária enorme e a musicalidade também é boa. Ora aqui está uma grande surpresa no novo mundo da música nacional. Overall, é um bom EP que aconselho a quem gostar de música calma e de letras interessantes.
AVALIAÇÃO: 16 em 20
-Música do Extended-Play:


domingo, 4 de julho de 2010

Videojogos-Age of Mythology (2002)

Age of Mythology é, para mim, o melhor jogo de estratégia em tempo real de sempre. Com uma jogabilidade, variedade e organização suberbas, o jogo consegue sair vitorioso na batalha Age of Empires vs Age of Mythology. A história é baseada, tal como o nome sugere, em mitologia. Neste caso o enredo centra-se á volta de Arkantos, um herói da Antlântida, conhecido por ter enviado para o Submundo vários inimigos. A primeira parte do jogo centra-se na civilização grega e nas problemáticas da guerra de Tróia e de um ciclope, chamado Gargarensis, que rouba o tridente ao deus Poseidon de modo a formar uma aliança com o titã Kronos que está preso no Submundo. Durante o jogo, o jogador tem de passar por várias situações em que tentará impedir Gargarensis de abrir os portões do Inferno. A segunda parte passa-se no Egipto, onde os heróis devem recolher todas as peças do corpo do deus caído, Osiris, e juntá-las de modo a conseguirem um avanço na guerra contra o ciclope. Na terceira parte, encontramo-nos na Escandinávia onde temos que ajudar anões a recuperar a sua mina de ouro, juntar os vários clãs que lutam entre si num só e até montar o martelo do deus do trovão, Thor. Enfim, um enredo fantástico que resume a guerra entre os dois irmãos deuses, Zeus e Poseidon. Para além disso, para a época, 2002, o jogo apresenta bons gráficos e uma banda sonora de se lhe tirar o chapéu. Overall, um excelente videojogo de estratégia em tempo real que aconselho a todos os apreciadores do género e mesmo quem não gostar, vai começar a apreciar este estilo após jogar Age of Mythology.
AVALIAÇÃO: 18 em 20

-Gameplay do videojogo:




sábado, 3 de julho de 2010

Literatura-Millenium 1: Os Homens que Odeiam as Mulheres de Stieg Larsson (2005)

Stieg Larsson seria um excelente escritor de policiais se ainda se encontrasse vivo. O grande jornalista sueco morreu pouco tempo após ter entregue a trilogia Millenium numa editora e posso dizer: deixou um legado fantástico. Os Homens que Odeiam as Mulheres é capaz de ser um dos melhores livros que li até hoje, não pela qualidade da escrita em si mas pelo vocabulário técnico e enredo complexo que nos leva até ao extremo do interesse. A história fala-nos de um jornalista chamado Mikael Blomkvist, conhecido como Super Blomkvist na imprensa de concorrência á sua revista, Millenium. O jornalista é acusado de difamação por ter publicado informações falsas sobre um famoso especulador do paraíso financeiro sueco conhecido como Hans-Erik Wennerström. O julgamento que declara três meses de cadeia para Blomkvist deita a sua vida na revista Millenium e credibilidade abaixo, fazendo com que o jornalista receba um convite de um antigo industrial, Henrik Vanger, para procurar a sua sobrinha-neta, Harriet. Como jornalista de investigação, Mikael aceita e entra nesta investigação com a ajuda de Lisbeth Salander, uma hacker socialmente incapaz, que usa piercings e pinta-se de preto no dia-a-dia. É esta dupla de investigadores caricata que desvenda os terríveis sete crimes cometidos contra mulheres, daí o título do livro. Há ainda uma citação do autor que devo dizer e que adorei: "Existem famílias que têm alguns esqueletos no armário. A família Vanger tinha o cemitério inteiro." Overall, é um excelente livro que aconselho a todos aqueles que forem fãs do gênero policial.

AVALIAÇÃO: 18 em 20

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Séries-Camilo, o Presidente: 1ªTemporada (2009)

Camilo de Oliveira (A Loja do Camilo, Camilo na Prisão, Camilo em Sarilhos) é, a meu ver, o génio da comédia portuguesa e também o ancião ainda vivo, com 76 anos de idade. Filipe David é o guionista da fantástica e presumível última série feita pelas mãos do grande actor: Camilo, o Presidente. É fantástica a vivacidade do génio da comédia que ainda trás os seus habituais trocadilhos de linguagem e o famoso "...é o cu da tua tia" na bagagem. Posso dizer que esta é uma das minhas séries favoritas de Camilo de Oliveira, logo a seguir a A Loja do Camilo e Camilo em Sarilhos. Neste conjunto de episódios, Camilo Tondela é presidente da Junta de Freguesia de Fanecas de Cima e tem uma rivalidade extrema com Rafael Manteigas, presidente da Junta de Freguesia de Fanecas de Baixo, fantasticamente interpretado por Carlos de Almeida Ribeiro (Conta-me Como Foi, Eclipse Lunar). A série retrata bem os habituais problemas dos políticos e também do bairrismo envolvido numa Junta de Freguesia. Relembro um diálogo fantástico que vi num episódio em que Camilo tentava subornar um árbitro de futebol para que a sua equipa vencesse:
"Árbitro: -Deu-me um apito prateado?
Camilo Tondela: -Sabe... Eu era para lhe ter dado um apito dourado mas é que o ourives foi de férias para Gondomar.
Árbitro: -Mas eu não preciso de outro apito.
Camilo Tondela: -Perdão, vossa excelência mas é que este meu apito apita como nenhum outro apito apita.
Árbitro: -Eu acredito que o apito apite. Mas eu não preciso de um apito que apite melhor que o meu apito apita."
A série conta ainda com as boas actuações de Carlos Sebastião (Amália, A Vida Privada de Salazar, O Dia do Regícidio) como Gilberto Contradanças e Cristina Areia (Liberdade 21, O Bando dos Quatro, Sexta á Noite) como Edite Sardinha.
Overall, uma excelente série também com uma boa fotografia e uma banda sonora suberba baseada em ritmos parisienses.

AVALIAÇÃO: 18 em 20

-Excerto de um episódio da série:


domingo, 20 de junho de 2010

Música-Red Hot Chili Peppers: Stadium Arcadium (2006)

Stadium Arcadium é a definição de "álbum", em si mesmo. Os Red Hot Chili Peppers chegam então ao seu auge com este registo de 2006, que , para mim, é o seu melhor até á data. Porque digo que é a definição de álbum? Porque, apesar de se manter sempre num mesmo tema que passa subliminarmente pelas letras das músicas, o Universo (e também pelos dois discos, sendo eles baptizados por Jupiter e Mars), contem uma variedade enorme, desde temas mais pesados como Torture Me, aos mais leves. Exemplo: She´s Only 18. Curiosamente este é o meu tema favorito do grupo. Mas nem só isso este álbum oferece. Outras músicas que estão no meu top de favoritos são: Dani California, Snow (Hey Oh), Stadium Arcadium, Hump de Bump, C´mon Girl, Desecration Smile, Tell Me Baby, She Looks to Me, Readymade, Storm in a Teacup e Death of a Martian. Deste mais recente registo do grupo californiano de Rock foram extraídos cinco singles: Dani California, Tell Me Baby, Snow (Hey Oh), Desecration Smile e Hump de Bump. Overall, é o culminar da excelência dos Red Hot Chili Peppers e um dos melhores álbums que alguma vez ouvi. Por estas e por demais razões, aconselho a toda a gente.

AVALIAÇÃO: 17 em 20

-Música do álbum:

sábado, 12 de junho de 2010

Cinema-Robin Hood (2010)

Saí ontem do cinema á meia-noite e a única coisa que tenho a dizer após ter visto Robin Hood é: melhor filme que vi nas telas este ano. Não tinha expectativas tão grandes assim para um filme que é baseado numa das mais populares histórias de sempre: Robin Longstride, um arqueiro do Rei Ricardo Coração de Leão da Inglaterra que rouba aos ricos para dar aos pobres. Mas o que mais me supreendeu foi que o filme não foi sobre a história que estamos habituados a ouvir. O fantástico realizador, e um dos meus favoritos, Ridley Scott (Gangsters Americanos, Reino dos Céus, Hannibal, Gladiador, Alien) traz-nos uma prequela da história original com as quantidades de violência, bons diálogos e cenas épicas a que sempre nos habituou ao longo destes longos anos. Não só o realizador é bom como o guionista Brian Helgeland (Green Zone, Circo dos Horrores: O Assistente do Vampiro, Assalto ao Metro 123, Mystic River, Payback), a quem tiro o chapéu por não só trazer os diálogos mais dramáticos e mais épicos ao filme, como também momentos de humor perspicaz e acutilante. O filme fala-nos obviamente de Robin Hood, fantasticamente interpretado por Russel Crowe (Gangsters Americanos, Cinderella Man, Gladiador) que está já habituado a trabalhar com Ridley Scott. Nesta prequela é nos apresentado a origem de alguns dos membros do grupo conhecido de Robin Hood, entre eles Little John e o Frei Tuck. Aliás, outra excelente actuação foi mesmo deste último, por parte de Mark Addy (The Flinstones in Viva Rock Vegas, Closer). Com cenas épicas de batalhas fantásticas, o filme consegue redimir-se como não sendo mais uma versão da história infantil mas sim uma adaptação suberba feita pelas mãos de um verdadeiro mestre da sétima arte. Quero ainda destacar outras excelentes interpretações: Cate Blanchett (O Senhor dos Anéis, O Estranho Caso de Benjamin Burton, Elizabeth: A Idade do Ouro) como Marion Loxley, o veterano Max Von Sydow (Solomon Kane, Shutter Island, O Sétimo Selo) como Sir Walter Loxley, Mark Strong (Sherlock Holmes, A Jovem Vitória, Kick-Ass) como Godfrey, William Hurt (Syriana, Inteligência Artificial) como William Marshal e Danny Huston (Confronto de Titãs, Edge of Darkness, 30 dias de Escuridão) como o Rei Ricardo Coração de Leão. Para além da fantástica história, Robin Hood oferece ainda bons efeitos especiais e excelente fotografia que dão um ar estético mais belo a esta longa-metragem. Overall, o épico do ano com tudo de bom e que aconselho vivamente a toda a gente que veja este fantástico filme no cinema. E tem de ser no cinema mesmo por causa das fantásticas cenas de batalha que, em minha opinião, chegam a passar em alguns casos O Senhor dos Anéis.

AVALIAÇÃO: 18 em 20

-Trailer do filme:




terça-feira, 8 de junho de 2010

Concertos-Deolinda: Casa da Música (07/05/2010)

Os Deolinda são o meu segundo grupo favorito em terras lusófonas (Dazkarieh é o primeiro), apesar de conhecer o trabalho deles há muito pouco. Fascinei-me pelas letras das músicas e isso levou-me a gastar os 20 euros do concerto que esgotou a Sala Suggia da Casa da Música. O concerto encaixava-se na tourné do grupo com objectivo de promover o seu segundo álbum: Dois Selos e Um Carimbo. Ás 22:00 duas guitarras, um contra-baixo e uma maravilhosa e poderosa voz foram colocados em cima do palco e iriam abrir com temas deste seu segundo registo, do qual não sou grande fã. Ao final de poucos minutos de espéctaculo, Ana Bacalhau (vocalista) decidiu ofertar ao público portuense um cheirinho do seu primeiro álbum, Canção ao Lado (o meu favorito) com Contado Ninguém Acredita passando de seguida para o seu novo single, Um Contra o Outro. Depois de variadas salvas de palmas, o calor sobe com a continuação da apresentação do novo trabalho passando por temas que mereceram representação teatral por parte do grupo como Patinho de Borracha. Com um público mais virado para os hits, os Deolinda tocaram repentinamente o seu primeiro single de sempre: Fado Toninho. Logo após uma pausa extenuante de grande felicidade e de aplausos convictos, Ana Bacalhau sobe ao pódio onde estavam os restantes músicos e coloca-se entre Luís José Martins e Pedro da Silva Martins (guitarristas) e rende o público a três músicas que, segundo a própria, "são o mais próximo que os Deolinda têm do Fado originário". Depois deste momento tenso, entram em palco quatro convidados do grupo: três violinistas e um violoncelista. Com eles, os Deolinda tocaram dois temas, entre eles o clássico Mal por Mal. Depois dos convidados se terem despedido do público da Invicta, os quatro músicos da música de intervenção com Fado continuam a apresentação do novo álbum com grande alegria e momentos cómicos como, por exemplo, quando uma cadeira vem ter do nada com Ana Bacalhau e esta se senta nela para cantar. Quero ainda destacar um dos momentos altos da noite quando um dos temas do novo registo, A Problemática Colocação de Um Mastro, foi tocado em que houve momentos em que a guitarra de Pedro da Silva Martins parecia extraordinariamente uma guitarra flamenca e José Pedro Leitão (contra-baixista) tocava de uma forma um tanto ou quanto sinistra. Ainda foi tocado Fon-Fon-Fon, talvez o tema mais famoso do quarteto. Os Deolinda despediram-se do público e volaram seguido de um encore em que tocaram o meu tema favorito deste grupo: Movimento Perpétuo Associativo. O concerto parecia que ia terminar quando todo o público cantava em coro o refrão: "Vão sem mim, que eu vou lá ter" quando, após segundo encore, os Deolinda surpreenderam tocando agora outro single: Clandestino. Desta vez é que era: o grupo de Ana Bacalhau iria mesmo embora e eu próprio estava a sair da Sala Suggia quando ouvi os primeiros acordes de Um Contra o Outro e Mal por Mal, que eram repetidos em cima do palco. No final ainda havia gente que não estava satisfeita e após imploração de Eu Tenho Um Melro, Ana Bacalhau fez o favor de cantar o refrão desse mesmo tema totalmente á capella. Terminaria assim o que foi o melhor concerto da minha tenra vida (ainda melhor que Gotan Project), com 26 temas ao total tocados em palco e uma hora e quarenta e cinco minutos. Só deixo uma pergunta: Ana, como aguentas tanto tempo a cantar? Lamentavelmente, não me foi permitido filmar ou fotografar este concerto pelo que não tenho fotos do mesmo no meu hi5 nem vídeos no Youtube.

AVALIAÇÃO: 19 em 20