domingo, 20 de junho de 2010

Música-Red Hot Chili Peppers: Stadium Arcadium (2006)

Stadium Arcadium é a definição de "álbum", em si mesmo. Os Red Hot Chili Peppers chegam então ao seu auge com este registo de 2006, que , para mim, é o seu melhor até á data. Porque digo que é a definição de álbum? Porque, apesar de se manter sempre num mesmo tema que passa subliminarmente pelas letras das músicas, o Universo (e também pelos dois discos, sendo eles baptizados por Jupiter e Mars), contem uma variedade enorme, desde temas mais pesados como Torture Me, aos mais leves. Exemplo: She´s Only 18. Curiosamente este é o meu tema favorito do grupo. Mas nem só isso este álbum oferece. Outras músicas que estão no meu top de favoritos são: Dani California, Snow (Hey Oh), Stadium Arcadium, Hump de Bump, C´mon Girl, Desecration Smile, Tell Me Baby, She Looks to Me, Readymade, Storm in a Teacup e Death of a Martian. Deste mais recente registo do grupo californiano de Rock foram extraídos cinco singles: Dani California, Tell Me Baby, Snow (Hey Oh), Desecration Smile e Hump de Bump. Overall, é o culminar da excelência dos Red Hot Chili Peppers e um dos melhores álbums que alguma vez ouvi. Por estas e por demais razões, aconselho a toda a gente.

AVALIAÇÃO: 17 em 20

-Música do álbum:

sábado, 12 de junho de 2010

Cinema-Robin Hood (2010)

Saí ontem do cinema á meia-noite e a única coisa que tenho a dizer após ter visto Robin Hood é: melhor filme que vi nas telas este ano. Não tinha expectativas tão grandes assim para um filme que é baseado numa das mais populares histórias de sempre: Robin Longstride, um arqueiro do Rei Ricardo Coração de Leão da Inglaterra que rouba aos ricos para dar aos pobres. Mas o que mais me supreendeu foi que o filme não foi sobre a história que estamos habituados a ouvir. O fantástico realizador, e um dos meus favoritos, Ridley Scott (Gangsters Americanos, Reino dos Céus, Hannibal, Gladiador, Alien) traz-nos uma prequela da história original com as quantidades de violência, bons diálogos e cenas épicas a que sempre nos habituou ao longo destes longos anos. Não só o realizador é bom como o guionista Brian Helgeland (Green Zone, Circo dos Horrores: O Assistente do Vampiro, Assalto ao Metro 123, Mystic River, Payback), a quem tiro o chapéu por não só trazer os diálogos mais dramáticos e mais épicos ao filme, como também momentos de humor perspicaz e acutilante. O filme fala-nos obviamente de Robin Hood, fantasticamente interpretado por Russel Crowe (Gangsters Americanos, Cinderella Man, Gladiador) que está já habituado a trabalhar com Ridley Scott. Nesta prequela é nos apresentado a origem de alguns dos membros do grupo conhecido de Robin Hood, entre eles Little John e o Frei Tuck. Aliás, outra excelente actuação foi mesmo deste último, por parte de Mark Addy (The Flinstones in Viva Rock Vegas, Closer). Com cenas épicas de batalhas fantásticas, o filme consegue redimir-se como não sendo mais uma versão da história infantil mas sim uma adaptação suberba feita pelas mãos de um verdadeiro mestre da sétima arte. Quero ainda destacar outras excelentes interpretações: Cate Blanchett (O Senhor dos Anéis, O Estranho Caso de Benjamin Burton, Elizabeth: A Idade do Ouro) como Marion Loxley, o veterano Max Von Sydow (Solomon Kane, Shutter Island, O Sétimo Selo) como Sir Walter Loxley, Mark Strong (Sherlock Holmes, A Jovem Vitória, Kick-Ass) como Godfrey, William Hurt (Syriana, Inteligência Artificial) como William Marshal e Danny Huston (Confronto de Titãs, Edge of Darkness, 30 dias de Escuridão) como o Rei Ricardo Coração de Leão. Para além da fantástica história, Robin Hood oferece ainda bons efeitos especiais e excelente fotografia que dão um ar estético mais belo a esta longa-metragem. Overall, o épico do ano com tudo de bom e que aconselho vivamente a toda a gente que veja este fantástico filme no cinema. E tem de ser no cinema mesmo por causa das fantásticas cenas de batalha que, em minha opinião, chegam a passar em alguns casos O Senhor dos Anéis.

AVALIAÇÃO: 18 em 20

-Trailer do filme:




terça-feira, 8 de junho de 2010

Concertos-Deolinda: Casa da Música (07/05/2010)

Os Deolinda são o meu segundo grupo favorito em terras lusófonas (Dazkarieh é o primeiro), apesar de conhecer o trabalho deles há muito pouco. Fascinei-me pelas letras das músicas e isso levou-me a gastar os 20 euros do concerto que esgotou a Sala Suggia da Casa da Música. O concerto encaixava-se na tourné do grupo com objectivo de promover o seu segundo álbum: Dois Selos e Um Carimbo. Ás 22:00 duas guitarras, um contra-baixo e uma maravilhosa e poderosa voz foram colocados em cima do palco e iriam abrir com temas deste seu segundo registo, do qual não sou grande fã. Ao final de poucos minutos de espéctaculo, Ana Bacalhau (vocalista) decidiu ofertar ao público portuense um cheirinho do seu primeiro álbum, Canção ao Lado (o meu favorito) com Contado Ninguém Acredita passando de seguida para o seu novo single, Um Contra o Outro. Depois de variadas salvas de palmas, o calor sobe com a continuação da apresentação do novo trabalho passando por temas que mereceram representação teatral por parte do grupo como Patinho de Borracha. Com um público mais virado para os hits, os Deolinda tocaram repentinamente o seu primeiro single de sempre: Fado Toninho. Logo após uma pausa extenuante de grande felicidade e de aplausos convictos, Ana Bacalhau sobe ao pódio onde estavam os restantes músicos e coloca-se entre Luís José Martins e Pedro da Silva Martins (guitarristas) e rende o público a três músicas que, segundo a própria, "são o mais próximo que os Deolinda têm do Fado originário". Depois deste momento tenso, entram em palco quatro convidados do grupo: três violinistas e um violoncelista. Com eles, os Deolinda tocaram dois temas, entre eles o clássico Mal por Mal. Depois dos convidados se terem despedido do público da Invicta, os quatro músicos da música de intervenção com Fado continuam a apresentação do novo álbum com grande alegria e momentos cómicos como, por exemplo, quando uma cadeira vem ter do nada com Ana Bacalhau e esta se senta nela para cantar. Quero ainda destacar um dos momentos altos da noite quando um dos temas do novo registo, A Problemática Colocação de Um Mastro, foi tocado em que houve momentos em que a guitarra de Pedro da Silva Martins parecia extraordinariamente uma guitarra flamenca e José Pedro Leitão (contra-baixista) tocava de uma forma um tanto ou quanto sinistra. Ainda foi tocado Fon-Fon-Fon, talvez o tema mais famoso do quarteto. Os Deolinda despediram-se do público e volaram seguido de um encore em que tocaram o meu tema favorito deste grupo: Movimento Perpétuo Associativo. O concerto parecia que ia terminar quando todo o público cantava em coro o refrão: "Vão sem mim, que eu vou lá ter" quando, após segundo encore, os Deolinda surpreenderam tocando agora outro single: Clandestino. Desta vez é que era: o grupo de Ana Bacalhau iria mesmo embora e eu próprio estava a sair da Sala Suggia quando ouvi os primeiros acordes de Um Contra o Outro e Mal por Mal, que eram repetidos em cima do palco. No final ainda havia gente que não estava satisfeita e após imploração de Eu Tenho Um Melro, Ana Bacalhau fez o favor de cantar o refrão desse mesmo tema totalmente á capella. Terminaria assim o que foi o melhor concerto da minha tenra vida (ainda melhor que Gotan Project), com 26 temas ao total tocados em palco e uma hora e quarenta e cinco minutos. Só deixo uma pergunta: Ana, como aguentas tanto tempo a cantar? Lamentavelmente, não me foi permitido filmar ou fotografar este concerto pelo que não tenho fotos do mesmo no meu hi5 nem vídeos no Youtube.

AVALIAÇÃO: 19 em 20

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Música-Red Hot Chili Peppers: By The Way (2002)

É ,sem dúvida, de um bom álbum que vos falarei desta vez. By The Way, de 2002, apresenta um dos meus temas favoritos dos Red Hot Chili Peppers, Dosed que para além de ter vocais e líricas lindíssimas é uma das músicas mais poderosas que conheço dentro do género. Este deve ser o trabalho dos Red Hot Chili Peppers mais calmo ainda que o seu tema homónimo, By The Way, que passa ainda nas rádios, tenha alguns riffs de guitarra bem pesados. Outros temas que gostei deste álbum foram: This Is The Place, Don´t Forget Me, The Zephyr Song, Tear, On Mercury, Warm Tape e Venice Queen. Julgo que é quase impossível um bom apreciador de música não gostar dos temas apresentados neste registo. Este álbum apresenta quatro singles: By The Way, The Zephyr Song, Can´t Stop e Universally Speaking. Overall é um dos grandes trabalhos dos californianos do Rock, Red Hot Chili Peppers e aconselho a quem goste de música calma e também a quem quer conhecer melhor estes senhores.

AVALIAÇÃO: 16 em 20

-Música do álbum:


sexta-feira, 4 de junho de 2010

Música-Red Hot Chili Peppers: Californication (1999)

Californication, de 1999, marca alguma controvérsia na carreira dos californianos do Rock, Red Hot Chili Peppers. Não só pelo título ("cali", "fornication"= fornicação-desmentido este sentido pela própria banda) mas também pelo conteúdo musical. Apesar de apreciar o gênero de raíz dos rapazes do Funk não posso negar que me senti atraído pelas novas tendências deste seu sétimo registo de originais. É capaz de ser, se não o mais, um dos mais calmos trabalhos do grupo que apresenta riffs de guitarra, vocais interessantes e líricas bem escritas. Exemplo de boa letra é Scar Tissue, que ainda hoje passa com normalidade nas nossas estações de rádio. O meu tema favorito do álbum é o seu homónimo, Californication. Mas para além destas músicas há mais palpitadores de interesse: Parallel Universe, Otherside e Savior. Quero ainda salientar as repetidas referencias em várias líricas á terra natal dos Red Hot Chili Peppers: a California. Esse é o motivo porque levou o grupo a escolher o título Californication. É uma tentativa de "californizar" as líricas da banda. Este registo conta com seis singles: Scar Tissue, Around The World, Otherside, Californication, Parallel Universe e Road Trippin. Overall, é um bom álbum com o lado mais calmo de Red Hot Chili Peppers e que aconselho a toda a gente.

AVALIAÇÃO: 16 em 20

-Música do álbum: